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Líbia/Conflito

ONU acusa o regime de Kadafi de crimes contra a humanidade

A OTAN intensifica os bombardeios aéreos a Trípoli para derrubar o regime de Muammar Kadafi. O Conselho Nacional de Transição líbio se felicitou hoje da renúncia do ministro do Petróleo, Choukri Ghanem, um dos caciques do regime. Os países ocidentais têm recebido denúncias de que as forças do ditador impõem um ambiente de terror aos moradores de Trípoli e a ONU acusa o regime de Kadafi de crimes contra a humanidade.

Os aviões de caça da OTAN sobrevoaram domingo(31) a baixa altitude o espaço aéreo da capital líbia, Tripoli.
Os aviões de caça da OTAN sobrevoaram domingo(31) a baixa altitude o espaço aéreo da capital líbia, Tripoli. © OTAN
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A comissão de inquérito criada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU para investigar a violência na Líbia acusa o regime de Muammar Kadafi de crimes de guerra e crimes contra a humanidade. As forças governamentais líbias reprimiram violentamente os manifestantes, mataram e feriram um grande número de pessoas pelo menos nos primeiros dias da revolta, em meados de fevereiro.

A ONU denuncia ainda prisões arbitrárias, desaparecimentos, ataques contra jornalistas e até torturas, que foram cometidas também pelos insurgentes. A comissão estima que o conflito líbio fez até agora entre 10 a 15 mil mortos. Além dos mortos e feridos, o conflito líbio provocou o exílio de 893 mil pessoas, principalmente trabalhadores, que fugiram do pais.

Para a Otan, que comanda a operação militar na Líbia, a queda de Kadafi é uma questao de tempo. Os ataques aéreos a Tripoli foram intensificados nos últimos dez dias e na última noite ao menos seis explosões sacudiram a capital líbia.

A missão da Otan no país, que deveria terminar no final de junho, foi prolongada por mais três meses na quarta-feira pelo secretário-geral da Aliança Atlântica, Anders Fogh Rasmussen. A Otan assumiu no dia 31 de março o comando das operações militares internacionais contra a Líbia, lançadas no dia 19 de março após resolução do conselho de segurança da ONU autorizando a intervenção contra o regime de Kadafi.

A cada dia que passa, aumenta o número de autoridades líbias que abandonam Kadafi e apoiam o Conselho Nacional de Transição, que representa a rebelião. Na quarta-feira, o ministro do Petróleo, Choukri Ghanem, anunciou sua renúncia do cargo em Roma e afirmou que vai combater ao lado da rebelião por um Estado democrático.

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