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Líbia/Conflito

Presidente sul-africano negocia saída de crise com Kadafi

O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, chegou nesta segunda-feira a Trípoli para discutir com Muammar Kadafi uma estratégia para o ditador deixar o poder. O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, afirmou hoje que o “reinado de terror de Kadafi” está chegando ao fim.

Último encontro de Muammar Kadafi e do presidente sul-africano Jacob Zuma, em Trípoli, 10 de abril 2011.
Último encontro de Muammar Kadafi e do presidente sul-africano Jacob Zuma, em Trípoli, 10 de abril 2011. ®Reuters
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O presidente sul-africano foi recebido no aeroporto Maatiga, de Trípoli, pelo primeiro-ministro líbio Al-Baghdadi Ali Al-Mahmoudi. Ele deve se reunir ainda hoje com Muammar Kadafi para tentar encontrar uma solução para o conflito entre o regime líbio e os insurgentes, que completou no domingo 100 dias. As chances desta missão sul-africana ser bem sucedida são consideradas pequenas.

Kadafi só aceita uma mediação feita pela União Africana. O bloco apresentou um plano de saída de crise, prevendo um cessar fogo e um período de transição antes da realização de eleições. A União Africana também pediu o fim dos bombardeios da Otan. O plano foi aceito pelo regime, mas rejeitado pela oposição que exige antes de mais nada a queda de Kadafi.

A visita de Zuma, que é recebido pelo regime líbio como integrante da União Africana, acontece em um momento em que Kadafi perde apoios importantes. A Rússia, tradicional aliada da Líbia, decidiu finalmente se aliar às potências ocidentais que pedem a saída de Kadafi após 42 anos no poder.

Otan

Na manhã desta segunda-feira, na Bulgária, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, afirmou que o "reinado de terror" de Muammar Kadafi está chegando ao fim. Em uma entrevista coletiva, Rasmussen disse que as operações na Líbia estão atingindo seus objetivos. A capacidade de Kadafi de massacrar seu povo foi reduzida e o ditador está cada vez mais isolado também dentro de seu próprio país com muitos de seus aliados abandonando o regime, disse o secretário-geral da Otan.

O regime líbio acusou a Otan de ter matado hoje 11 civis em um bombardeio a 150 quilômetros de Trípoli. As mortes ainda não foram confirmadas pelas forças da Otan, que atacam a Líbia desde o dia 19 de março.

 

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