Moçambique: Mariano Nhongo exige renúncia de Ossufo Momade

No âmbito de uma teleconferência em parte incerta, o líder do grupo dissidente da Renamo, Mariano Nhongo, avisou que a violência só terá fim no centro do país, com a renúncia de Ossufo Momade do cargo de líder do maior partido da oposição.

Farda de guerrilheiros da Renamo. MARIA CELESTE MAC' ARTHUR / AFP

Mariano Nhongo, líder do grupo dissidente do Renamo, avisou que o centro do país só terá o fim da violência armada com a renúncia do actual presidente da Renamo, Ossufo Momade.

O líder do grupo dissidente refere ainda que a autoproclamada junta miltiar enviou um documento para o executivo e o grupo de contacto as suas reivindicações, a reintegração dos seus guerrilheiros e o afastamento de Ossufo Momade.

“Se o Governo reconhecer que esses homens não fazem parte da Renamo não haverá mais tiro aqui em Moçambique. Se o Governo aceitar dizer que Ossufo não é Presidente da Renamo, acabou a guerra. Nós mandámos o documento no dia 2 de outubro e até hoje não tivemos respostas. Estamos a exigir o nosso direito", concluiu.

Ouça as declarações de Mariano Nhongo. Som recolhido pela Agência Lusa.

00:37

Mariano Nhongo, líder do grupo dissidente da Renamo

O grupo liderado por Mariano Nhongo recusa a liderança de Ossufo Momade. De notar que Mariano Nhongo, antigo general de Afonso Dhlakama, permanece entrincheirado nas matas da região centro de Moçambique.

Recorde-se que desde Agosto de 2019, um total de 21 pessoas morreram em ataques armados de grupos nas províncias de Manica e Sofala. Ataques que foram atribuídas pelas autoridades a guerrilheiros do braço armado da Renamo que permanecem na região.