Depois da passagem do ciclone Idai, que devastou a cidade da Beira, os voluntários multiplicam-se em Moçambique para socorrer à crise humanitária que atinge o país. O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, INGC, anunciou que há 347.000 pessoas em risco, 200.000 das quais no distrito de Buzi como nos descreve o coordenador de emergência do Programa Mundial de Alimentação, Pedro Matos.No terreno as prioridades continuam a ser as operações de busca e resgate, uma vez que há muitas populações sitiadas nas províncias de Sofala e Manica. Nestas províncias encontram-se 120 especialistas de busca e resgate, 11 helicópteros, 15 barcos, dois aviões, duas fragatas, oito camiões e 30 telefones satélite.O director da Associação Esmabama em Sofala, Fabrizio Graglia, esteve na cidade da Beira e está a tentar encontrar soluções para socorrer as populações isoladas. Fabrizio Graglia alerta para os elevados riscos de surtos de cólera e malária.A ajuda chega de todas as partes do país. Na capital, em Maputo, foi criado desde sábado um corredor humanitário como descreve o activista ambiental Carlos Serra.As Nações Unidas classificam a situação como "a maior emergência em Moçambique, em termos de desastres naturais". O país decretou o estado de emergência nacional e três dias de luto nacional, até sexta-feira.
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O Haiti está a braços com uma profunda crise política e de segurança que já fez centenas de mortos. Nos últimos anos, e em particular desde Fevereiro passado, o território foi tomado de assalto por gangues que controlam quase todo o país, situação instável, que já levou mesmo à demissão do primeiro-ministro, Ariel Henry.02/05/202410:02 -
França: Os estudantes vão continuar a lutar pelos direitos dos palestinianos
À semelhança do que tem vindo a acontecer nas universidades norte-americanas, também os alunos franceses intensificam os protestos contra a operação militar israelita em curso na faixa de Gaza. Eduardo Cury, estudante brasileiro na Sciences Po Paris, participa neste movimento, aponta o dedo à postura do Ocidente, lembrando a “culpa” da não condenação ou do silêncio “em relação às atrocidades cometidas em Gaza”.01/05/202409:49 -
Angola na Coreia do Sul para diversificar economia
Terminou nesta terça-feira, 30 de Abril, a visita oficial de dois dias do Presidente de Angola à Coreia do Sul. Em Seul, João Lourenço foi recebido pelo homólogo sul coreano, Yoon Suk-yeol, e participou no Fórum Económico com vista ao reforço das relações bilaterais. Em entrevista à RFI, Sérgio Dundão, cientista político de Angola, fala das áreas de cooperação entre os dois países, sublinhado que Angola continua empenhada em diversificar os parceiros comerciais.30/04/202408:03 -
Declarações de Marcelo "devem trazer para a agenda política situação dos afro-descendentes"
O Presidente português defendeu que Portugal “assume total responsabilidade” pelos erros do passado, e disse que esses crimes, incluindo massacres coloniais, tiveram “custos” e que há que pagá-los. "Este debate é muito fácil de se fazer, transferindo de alguma forma a questão para a realidade dos países no continente africano. Creio que se deve aproveitar esta oportunidade para trazer para a agenda política nacional a situação dos afro-descendentes", defende Yussef, activista pan-africanista.29/04/202409:32 -
"História da reparação [do período colonial] é um debate absolutamente inadiável"
O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou que Portugal deve liderar o processo de assumir e reparar as consequências do período do colonialismo e sugeriu como exemplo o perdão de dívidas, cooperação e financiamento. "A história da reparação do período colonial é inadiável", acredita António Pinto Ribeiro, programador cultural e investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.29/04/202409:41