Acesso ao principal conteúdo
Moçambique

Moçambique: EUA querem responsabilisação no caso da "dívida oculta"

Bryan Hunt, encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos em Maputo, diz que a corrupção não será tolerada e que o seu país responsabilizar os envolvidos nas dívidas ocultas, devido ao seu impacto na vida dos moçambicanos.

Manuel Chang, ex ministro moçambicano das finanças, no tribunal de Kempton Park em joanesburgo a 8 de Janeiro de 2019.
Manuel Chang, ex ministro moçambicano das finanças, no tribunal de Kempton Park em joanesburgo a 8 de Janeiro de 2019. AFP
Publicidade

Com em pano de fundo a detenção na África do Sul a 29 de dezembro de Manuel Chang, ministro das finanças entre 2005 e 2010, durante o mandato do Presidente Armando Guebuza e deputado da Frelimo, em cumprimento de um mandado de captura internacional emitido pelos Estados Unidos, que pedem a sua extradição por crimes financeiros cometidos nesse país, no âmbito da chamada "dívida oculta" de mais de dois mil milhões de dólares.

00:44

Bryan Hunt, encarregado de negócios dos EUA em Maputo

Bryan Hunt, encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos em Maputo, diz afirmou esta quinta-feira (25/01) que "este assunto das dívidas ocultas tem que ser tratado pelo governo e pelo judiciário de Moçambique e seuma parte daqueles crimes foram cometidos fora de Moçambique os outros países têm que ajudar Moçambique a responsabilizar as pessoas que têm responsabilidades por estes crimes...nós sabemos o impacto que estas dívidas ocultas tiveram no governo e no povo de Moçambique e nós queremos que a situação não se repita".

Manuel Chang será de novo ouvido pela justiça sul-africana a 31 de janeiro, porque a sua defesa depois de ter desistido de pedir a sua liberdade sob fiança, agora pretende de novo fazê-lo, o que a África do Sul rejeita, achando que Manuel Chang tem dinheiro suficiente para conseguir fugir.

Isto depois de a Procuradoria Geral da República de Moçambique ter também pedido a extradição de Manuel Chang para Moçambique, que não tem acordo de extradição com os Estados Unidos, a questão dos dois pedidos de extradição será analisada dia 5 de Fevereiro pelo tribunal de Kempton Park em Joanesburgo.

Esta quinta-feira (24/01) o Tribunal Supremo de Moçambique remeteu ao parlamento um despacho pedindo o levantamento da imunidade parlamentar de Manuel Chang e decretou a sua prisão preventiva por abuso de cargo ou funções, violação da legalidade orçamental, burla por defraudação, peculato, corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais.

A presidente da Assembleia da República de Moçambique, Verónica Macamo agendou para terça-feira (29/01) uma sessão para debater este pedido do Tribunal Supremo.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.