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Moçambique

Moçambique assinala 25 anos sobre o Acordo Geral de Paz

 Moçambique assinala esta quarta-feira 25 anos sobre o Acordo Geral de Paz com apelos à reconciliação nacional e à paz efectiva.

O Presidente Moçambicano Filipe Nyusi (à direita) e o líder da Renamo Afonso Dlhakama
O Presidente Moçambicano Filipe Nyusi (à direita) e o líder da Renamo Afonso Dlhakama www.presidencia.gov.mz
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Faz 25 anos que foi assinado em Roma o Acordo Geral de Paz, que pôs fim a 16 anos de guerra civil opondo as forças governamentais e os guerrilheiros da Renamo.

O Presidente Filipe Nyusi afirmou que falou ontem com Afonso Dhlakama para felicitá-lo pela assinatura do Acordo em 1992 e neste 4 de Outubro defendeu que "a paz é a maior conquista dos moçambicanos, um dos mais nobres valores da independência nacional...lamentavelmente Moçambique viveu recentemente ameaças à paz, que trouxeram à memória de todos nós, o reabrir de velhas feridas...por isso estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance e manteremos essa determinação até que alcancemos uma paz efectiva e definitiva".

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Orfeu Lisboa, correspondente em Maputo

O antigo Presidente Joaquim Chissano, um dos assinantes do Acordo de Roma com o líder da Renamo Afonso Dhlakama, considera que o actual desafio é a busca da paz efectiva "25 anos é um tempo não longo, ainda é curto porque queremos que a paz dure para sempre e não se deve medir por anos".

Um dia em que Ossufo Momad, membro da Comissão Política da Renamo, denuncia que quatro membros do seu partido foram recentemente assassinados numa emboscada efectuada pelas Forças de Defesa e Segurança em Morotone, no distrito de Mocuba, na província da Zambézia, no centro do país.

"Nessa emboscada perdemos quatro elementos...os desmobilizados queriam dar uma resposta adequada, mas o presidente Dhlakama como homem de paz, ele disse que não podiam dar resposta".

Neste dia de festa, o Movimento Democrático de Moçambique MDM, saiu a rua em Maputo para exigir a inclusão de todos os actores sociais no diálogo político em curso, envolvendo o governo liderado pela Frelimo e a Renamo principal partido da oposição.

Venâncio Mondlane, deputado do MDM defende que a sociedade precisa de se ver representada neste processo visando a paz efectiva no país "que todos os estratos da sociedade moçambicana se sintam identificados e representados nessa negociação, esse é que é o nosso apelo".

Apelos a inclusão que se fazem ouvir, num dia em que todos acreditam que a Paz efectiva está cada vez mais próxima em Moçambique.

De recordar que após cerca de dois anos de conflito armado, a Renamo declarou a primeira trégua em Dezembro de 2016 e em Março passado decretou uma trégua "sem prazos" que continua em vigor.

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