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Moçambique

Moçambique: paz até ao fim de 2017 ?

Há ainda muito por fazer para o alcance da paz efectiva em Moçambique, afirmou o Presidente da República de Moçambique, num comício popular que marcou o inicio da sua visita de três dias à província da Zambézia.

Presidente Filipe Nyusi (dir) Afonso Dhlakama líder da Renamo
Presidente Filipe Nyusi (dir) Afonso Dhlakama líder da Renamo DR
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Com apelos à união entre os moçambicanos e o aumento da produção agrícola para vencer a pobreza e a promessa de tudo fazer para o alcance da paz efectiva, o chefe de estado moçambicano Filipe Nyusi iniciou esta quinta-feira (31/08) uma visita de três dias a província da Zambézia, no centro do país.

01:06

Orfeu Lisboa, correspondente em Maputo

O alcance da paz efectiva está dependente dos resultados do diálogo político envolvendo o chefe de estado Filipe Nyusi pelo governo da Frelimo e Afonso Dhlakama pela Renamo, principal partido da oposição.

O Presidente Filipe Nyusi afirmou "muita coisa tem que ser feita, para nós termos a certeza que não podemos viver de trégua, então vamos trabalhar, para ter paz para toda a vida...e é esse trabalho que estamos a fazer".

O líder da Renamo Afonso Dhlakama disse em entrevista que "entre os meses de Outubro ou o mais tardar no inicio de Novembro, vai assinar um acordo para a paz definitiva no país, é o terceiro acordo que vou assinar e tudo o que está a ser feito com o Presidente Nyusi é com cautela...pois parece-me que ele não quer ser igual aos outros e assumir compromissos que não vai cumprir".

Preocupado com a lentidão do processo está Daviz Simango, Presidente do Movimento Democrático de Moçambique, terceira força política do país e na oposição, que alertou "as eleições para 2019 têm que ser convocadas até Abril do próximo ano e a Assembleia da República não recebeu nenhum documento, vamos discutir em cima do joelho, assinar documentos a correr ?".

De recordar que a Renamo exige a integração dos seus quadros em postos de comando das Forças de Defesa e Segurança e a aprovação de um pacote legislativo, que inclua a eleição directa de governadores provinciais.

O Presidente Filipe Nyusi e Afonso Dhlakama avistaram-se dia 6 de Agosto algures na Serra da Gorongosa e o comunicado emitido pela Presidência da República, refere que os dois líderes se comprometeram a concluir até Dezembro negociações para a restauração da paz em Moçambique.

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