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Moçambique

Moçambique: Dhlakama poderá sair da mata até ao final do ano

 A chefe da bancada parlamentar da Renamo Ivone Soares, admite que até ao final do ano Afonso Dhlakama poderá deixar as matas da Gorongosa.

Afonso Dhlakama, líder da Renamo
Afonso Dhlakama, líder da Renamo
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Domingo 6 de Agosto o Presidente Filipe Nyusi e o líder da Renamo Afonso Dhlakama, encontraram-se algures nas matas da Gorongosa, onde o líder da Renamo se encontra "em parte incerta" desde finais de 2015, ambos afirmaram que o diálogo vai prosseguir e apelaram à paz definitiva no país até ao final do ano.

O Presidente Nyusi permaneceu até este sábado (12/08) na província de Sofala em visita de trabalho e entre outros deu um comício em Muxúngué no distrito do Chibabava na companhia de Marceta Dhlakama, régulo de Mangunde e pai de Afonso Dhlakama que lançou pombas como símbolo de paz.

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Ivone Soares, chefe da bancada da Renamo

De recordar que a 9 de Novembro de 2013 quando Filipe Nyusi era ministro da defesa, o exército moçambicano tentou capturar o pai de Dhlakama, que só escapou porque não o reconheceram e em Abril passado a governadora de Sofala Helena Taipo visitou Marceta Dhlakama na sua residência.

Esta terça-feira (15/09) a deputada Ivone Soares, chefe da bancada da Renamo no parlamento e sobrinha de Afonso Dhlakama afirmou na cidade da Beira, onde está a trabalhar, que Afonso Dhlakama poderá sair das matas da Gorongosa até Dezembro, caso haja entendimentos sérios no diálogo político em curso.

"Nós queremos que até Dezembro o parlamento aprove o pacote de medidas atenentes à descentralização e queremos que o mais rapidamente possível, haja enquadramento dos nossos comandos nas Forças de Defesa e Segurança, aí nós estaremos a ver que realmente os actos do Presidente Nyusi estão-se a traduzir em coisas concretas...enquanto não tivermos realmente a conclusão dessas negociações, não houver um entendimento de que modelo teremos de governação do país, não houver entendimento de que Forças de Defesa e Segurança queremos e vamos ter, é muito complicado que ele [Afonso Dhlakama] saia por sair, porque pode acontecer uma fatalidade".

De recordar que a Renamo contesta os resultados das eleições de 2014 e exige governar nas 6 províncias onde afirma ter ganho, bem como a integração dos membros do seu braço armado nas Forças de Defesa e Segurança, polícia e Serviços de Informação e Defesa do Estado de Moçambique.

Com a colaboração do nosso correspondente em Maputo Orfeu Lisboa.

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