Greve no sector dos transportes colectivos de Maputo
Quinhentos funcionários da EMTPM, Empresa Municipal de Transportes Públicos de Maputo, paralisaram as suas actividades por tempo indeterminado, uma situação que está a criar o caos nas deslocações da maioria dos habitantes das cidades de Maputo e Matola.
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Os funcionários protestam contra a ausência de pagamento de certos subsídios e igualmente contra o que consideram como sendo descontos arbitrários. Ao denunciar o despedimento de dez trabalhadores envolvidos em anteriores movimentos de greve, esse grupo reivindica igualmente melhorias salariais.
Apesar de ter havido tentativas de diálogo no passado fim-de-semana, a situação parece estar longe de ser resolvida. Para além do caos provocado para os utentes de Maputo e imediações que se vêem obrigados a encontrar transportes alternativos, o prejuízo é também avultado para a empresa municipal, com perdas da ordem dos 300 mil Meticais por dia. Ao referir estar a tentar restabelecer o diálogo com os trabalhadores da empresa, a administração da EMTPM considera contudo que a greve é ilegal.
Esta situação que revela o colapso no sistema de transportes públicos em Moçambique não poupa igualmente o sector privado, com os operadores dessa área a denunciarem igualmente prejuízos devido aos elevados custos de operação aliados à acentuada depreciação do Metical, o que está segundo a Federação Moçambicana dos Transportadores Rodoviários FEMATRO a tornar a actividade insustentável.
Mais pormenores com Orfeu Lisboa.
Orfeu Lisboa, correspondente da RFI em Maputo
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