Moçambique : Comissão investiga sobre valas comuns
A Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e Legalidade do Parlamento moçambicano começou hoje a fazer investigações nas províncias de Manica e Sofala, sobre a existência - ou não - de valas comuns onde, alegadamente, se encontrariam cidadãos executados, no âmbito da actual tensão político – militar que se vive no país.
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Esta Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e Legalidade (1ª Comissão) é constituida por deputados das bancadas da Frelimo e do MDM, já que a Renamo boicotou a participação. Prevê-se que sejam ouvidas autoridades locais e camponeses, em particular do posto administrativo de Canda, distrito da Gorongosa, onde houve relatos de existência de uma vala comum com cerca de 120 corpos.
Na semana passada, a 1ª Comissão realizou audições com a Procuradoria-Geral da República, o Vice-Ministro do Interior, o Ministério da Justiça e Henrique Botiquilha, delegado da agência Lusa em Moçambique, primeiro órgão de informação que veiculou o caso da vala comum.
Durante as audições, quer a PGR, os Ministérios do Interior e da Justiça, disseram não ter encontrado qualquer indício de existência de valas comuns em Canda, dando a entender que se trataria de uma notícia falsa.
Contactado pela RFI, Henrique Botiquilha não quis prestar novas declarações sobre este assunto, mas afirmou que o que dissera sexta feira passada perante o Parlamento foi deturpado, e que a agência Lusa vai hoje emitir um comunicado a este respeito.
Oiça aqui um extracto das declarações de Henrique Botiquilha à imprensa em Maputo na sexta feira passada :
Henrique Botiquilha, delegado da agência LUSA em Mocambique
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