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Moçambique

Moçambique: polícia e governo desmentem vala comum na Gorongosa

A polícia e o governo de Moçambique desmentiram esta sexta-feira a existência de valas comuns na região de Gorongosa, onde teriam sido encontrados mais de uma centena de corpos, segundo camponeses citados pela Voz da América e a agência portuguesa Lusa. 

Gorongosa, província de Sofala, em Moçambique
Gorongosa, província de Sofala, em Moçambique http://www.geos.ed.ac.uk/miombo/Location.html
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O porta-voz do governo provincial de Sofala, Elsio Canda e o porta-voz da polícia de Moçambique Inácio Dina desmentiram na noite desta sexta-feira (29/04) a existência de uma vala comum com 120 cadáveres em Gorongosa, na província de Sofala, centro do país, como anunciou a Voz da América e a agência de portuguesa de notícias Lusa, citando testemunhos de camponeses.

01:06

Orfeu Lisboa, correspondente em Maputo

Há cerca de 15 dias a Renamo denunciou que nos primeiros 3 meses deste ano pelo menos 14 militantes seus foram mortos na Gorongosa, onde dezenas de outros desapareceram, incluindo os motociclistas que asseguravam a logística do presidente do principal partido de oposição Afonso Dlhakama, que se encontra "em parte incerta" algures nesta região do centro de Moçambique. 

04:25

Raíl Khan, quadro sénior da Renamo

Raíl Khan, assessor político do presidente da Renamo Afonso Dlhakama acusa directamente o governoe apela o designado grupo G14 constítuido pelos países que financiam cerca de 40% do orçamento geral do estado a deixarem de ajudar o país.

Para Raíl Khan entrevistado antes deste desmentido oficial a "União europeia e todos os países doadores estão a contribuir para que valas comuns iguais a esta apareçam...os refugiados (no Malawi, cerca de 11 mil segundo o ACNUR) não fogem da fome mas porque estão a ser dizimados...este governo está de tal maneira frustrado e insatisfeito pelo seu insucesso no conflito armado, que ele as pessoas que encontra pelo caminho eles dizimam".

O primeiro ministro moçambicanoafirmou esta quinta-feira (28/04) que o secretismo que envolveu os empréstimos de mais de mil milhões de dólares contraídos pelo governo anterior, se justifica pela necessidade de não comprometer a segurança do Estado pelo que a Renamo os devia ignorar.

Carlos Agostinho do Rosário afirmou ontem "temos uma oposição na Assembleia da República que de dia faz parlamento e de noite ataques noutros sítios..revelar questões de soberania e segurança do Estado em condições atípicas como esta, é de facto muito difícil". 

 

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