Moçambique declara alerta laranja
Moçambique decretou o alerta laranja face às inundações no norte do país e à seca no sul e aliado. A agravar a situação está a eclosão da cólera na província do Niassa, no norte do país. Desde do início da época chuvosa 33 perderam a vida e mais de 22 mil estão a ser afectadas pelas cheias.
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O conselho de técnico de gestão de calamidades reuniu-se esta sexta-feira e decidiu decretar o alerta laranja depois de ter analisado a informação meteorológica, hidrológica e as ocorrências provenientes da época chuvosa. Maurício Xerinda, director do centro nacional operativo de emergência diz que nas próximas 72 horas a chuva vai continuar a cair no norte do país: "Teremos ocorrência de chuvas fortes no norte do país, nas províncias do Niassa, Cabo Delgado, Nampula e norte da Zambézia. As chuvas estarão acima dos 52 milímetros e portanto poderão provocar situações de inundações".
Eclosão da cólera
A este cenário junta-se agora a eclosão da cólera em duas regiões da província do Niassa: " esta é também uma das razões pelas quais que fez com que o conselho técnico declara-se o alerta laranja...para podermos monitorizar e a acompanhar a situação com muitas mais agressividade", precisou Maurício Xerinda. Desde do início da época chuvosa 33 perderam a vida e mais de 22 mil estão a ser afectadas pelas cheias. As autoridades distribuíram esta semana vários kits de abrigo para as pessoas que perderam as casas e segundo o director do centro nacional operativo de emergência a situação não é alarmante: "não há ninguém ao relento".
Seca fustiga sul do país
Se a norte o país vive a braços com aumento do nível das águas, a sul a população vive sob os efeitos da estiagem severa que assola a província de Maputo. "Cerca de 177 mil pessoas estão numa situação numa situação de insegurança alimentar.. estão pessoas são as que precisam de maior atenção no que diz respeito à sua alimentação nos próximos dias", declarou o responsável moçambicano. As autoridades estão ainda a implementar várias medidas com vista ao uso racional da água para consumo e uso agrícola e ainda está a ser feita a dessalinização da água.
Maurício Xerinda, director do centro nacional operativo de emergência de Moçambique
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