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Moçambique

Empresários moçambicanos afirmam que a nova onda de raptos trava os investimentos

Depois de tanto o Presidente da República como o governo terem manifestado a sua preocupação ontem com a onda de raptos que tem estado a assolar a capital, foi a vez de os empresários, os principais visados, se expressarem sobre o assunto. À margem de um evento oficial em Pemba, no extremo norte do país, o vice-presidente da Confederação das Associações Económicas (CTA) de Moçambique, Prakash Prehlad, disse hoje que este fenómeno tem inibido os investimentos e levado empresários a sair do país.

Maputo tem conhecido uma nova onda de raptos de empresários nestas últimas semanas.
Maputo tem conhecido uma nova onda de raptos de empresários nestas últimas semanas. © commos
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"Não há dúvidas que o ambiente dos raptos nos apoquenta, é algo que está a retrair investimentos, porque o investidor quer um clima propício para o investimento", disse Prakash Prehlad que, sem avançar dados concretos, reconheceu que o medo está a inibir os investimentos. "Temos vários empresários fora do país que estão à espera de dias melhores", indicou o responsável.

Na óptica de Prakash Prehlad "reverter esta situação implica que a nossa polícia e que Ministério do Interior se reposicionem e que nos tragam técnicas para que, de uma vez por todas, essa página seja virada".

Já no começo do mês, a confederação que representa o patronato tinha defendido a aplicação de penas de prisão “mais severas” contra os raptores, sem possibilidade do pagamento de cauções, como forma de combater estes crimes.

Ultimamente, Maputo tem conhecido uma nova onda de raptos, actos que visam sobretudo empresários. Na semana passada, seis pessoas foram detidas sob suspeita de terem participado na tentativa de rapto de um empresário do ramo dos transportes no passado dia 8 de Novembro na Matola, nas imediações da capital. No dia 17 de Novembro, um empresário do sector automóvel foi raptado por homens desconhecidos em Maputo.

Ontem, ao dar conta da detenção este ano de 31 pessoas indiciadas neste tipo de crime, o Presidente da República insistiu sobre a necessidade de reforçar a polícia face a este fenómeno. Também preocupado com a onda de raptos, o ministro moçambicano do Interior, Pascoal Ronda, preconizou que não seja concedida a liberdade provisória a arguidos acusados de envolvimento em raptos.

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