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#Eleições autárquicas

Oposição pede “reposição da verdade eleitoral” em Moçambique

Depois de mais um dia de protestos convocados pela Renamo, o líder do maior partido da oposição, Ossufo Momade, afirmou que não desiste da “reposição da verdade eleitoral”. Também Lutero Simango, presidente do MDM, a terceira força parlamentar, pediu ao Conselho Constitucional para tomar uma posição sobre as autárquicas de 11 de Outubro.

Marcha em Maputo. 2 de Novembro de 2023.
Marcha em Maputo. 2 de Novembro de 2023. © LUSA - Luísa Nhantumbo
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O líder da Renamo, Ossufo Momade, afirmou que o maior partido da oposição não desiste da “reposição da verdade eleitoral” e aconselhou as instituições internacionais a avaliarem o nível democrático antes de atribuírem apoios.

A posição de Ossufo Momade foi assumida na quinta-feira, no balanço de reuniões realizadas esta semana com o embaixador da União Europeia acreditado em Moçambique, Antonino Maggiore, e com a equipa do Fundo Monetário Internacional, liderada por Pablo Lopes Murphy. Sobre o encontro com a equipa do FMI, Ossufo Momade disse que pediu à organização internacional “para que acompanhe rigorosamente o uso dos valores emprestados aos países, mas sobretudo em Moçambique, para evitar que o mesmo dinheiro seja desviado e usado para a compra de material bélico para combater a oposição e para a fraude eleitoral tal como aconteceu recentemente no país”.

A Renamo exige a reposição da verdade eleitoral, sendo, por isso, que tem estado a realizar manifestações pacíficas como forma de protesto. A invasão da polícia às delegações da Renamo na cidade de Maputo e Nampula foi outra inquietação que apresentámos ao embaixador, como o rasgar de todos princípios democráticos. O cenário de detenções de jovens militantes do nosso partido mereceu, igualmente, o nosso repúdio”, acrescentou o líder do maior partido da oposição moçambicana.

Para este sábado, a Renamo voltou a convocar uma marcha de protesto contra os resultados das eleições autárquicas de 11 de Outubro.

A manipulação dos resultados eleitorais do dia 11 de Outubro pela Comissão Nacional de Eleições está a criar uma onda de revolta e indignação a todos moçambicanos e a comunidade internacional”, declarou Ossufo Momade.

Na quarta-feira, o presidente do MDM, a terceira força parlamentar, foi à Procuradoria-Geral da República para “pressionar” o Ministério Público a investigar “ilícitos eleitorais” denunciados pelo partido e relacionados com as autárquicas.

Para o presidente do MDM, Lutero Simango, os resultados das eleições autárquicas que dão vitória à Frelimo não são reais, instando o Conselho Constitucional a tomar uma posição. “Nós queremos que o Conselho Constitucional assuma as suas responsabilidades, queremos que o Conselho Constitucional garanta a credibilidade do sistema judiciário”, disse Lutero Simango.

Os resultados apresentados pela Comissão Nacional de Eleições indicam uma vitória da Frelimo em 64 das 65 autarquias do país, enquanto o MDM manteve a Beira. A Renamo, que nas anteriores 53 autarquias liderava em oito, ficou sem qualquer município, apesar de reclamar vitória nas maiores cidades do país.

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