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Moçambique

Em Moçambique, médicos grevistas dizem ser alvo de ameaças e pressões

No terceiro dia de paralisação da classe, a Associação Médica de Moçambique afirmou que os médicos que aderiram à segunda fase da terceira greve nacional da classe estão a ser alvo de perseguição, intimidação e ameaças de várias ordens. Estas acusações surgem no dia em que o Ministro da Saúde veio apelar à suspensão e à retoma das negociações.

Classe médica de Moçambique entrou em greve desde 10 de Julho por 21 dias prorrogáveis
Classe médica de Moçambique entrou em greve desde 10 de Julho por 21 dias prorrogáveis luna04/wikimedia.org
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As ameaças subiram de tom, denunciou o porta-voz da Associação Médica de Moçambique, Napoleão Viola. "Aqueles colegas que têm um vínculo laboral um bocadinho mais frágil, os colegas contratados, os colegas que tem nomeação provisória, todos esses tem estado a sofrer pressões e, portanto, intimidações de que não serão nomeados definitivamente, não irão progredir nas suas carreiras, os seus contratos não serão renovados, portanto, tudo isso tem estado a acontecer", referiu o representante sindical.

Por sua vez, o Ministro da Saúde, Armindo Tiago, apelou a Associação Médica de Moçambique a suspender a greve cujo impacto já se faz sentir. "Estamos aqui a apelar aos nossos colegas da Associação Médica de Moçambique para que considerem a possibilidade de interromperem a greve", declarou o governante.

Em conferência de imprensa, o Ministro da Saúde assegurou que o executivo moçambicano está a trabalhar com vista a responder às preocupações da classe desde o enquadramento na tabela salarial única, o pagamento de horas extraordinárias e, entre outras, a criação de melhores condições de trabalho. 

Refira-se que a crise neste sector dura há largos meses, com paralisações esporádicas e tentativas de negociações que até ao momento não desembocaram na resolução definitiva do contencioso.

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