Moçambique vai começar a vacinar idosos e doentes com dose de reforço

Após o anúncio do Presidente Filipe Nyusi que a dose de reforço começaria a ser administrada no país, o diretor nacional de Saúde Pública garante que as doses serão distribuídas em prioridades a profissionais de saúde, idosos e doentes.

Terceira dose vai começar a ser administrada em Moçambique. © Andrej Ivanov / AFP

"À semelhança do que tivemos no início da vacinação, nós iremos ter três fases. A primeira fase vai focar-se na administração da dose de reforço aos profissionais de saúde, aos idosos que vivem nos lares, aos doentes imunodeprimidos, como diabéticos ou doentas com insuficiência real crónica aos doentes com patologia cardiovascular. Este grupo vai fazer parte da primeira fase", garantiu Quinhas Fernandes, em declarações recolhidas pela RFI.

Na quarta-feira, o presidente moçambicano assegurou que o país dispunha de todas as doses necessárias para vacinar completamente a população com duas doses, anunciando que a dose de reforço começaria a ser administrada de imediato.

"Temos já disponíveis no país quantidade suficiente de vacinação para toda a população elegível", cerca de 16 milhões de pessoas, referiu, durante uma comunicação à nação sobre as restrições para prevenção da doença.

O chefe de Estado disse que Moçambique serve de exemplo para o resto da África Austral por já ter alcançado metade da meta.

Filipe Nyusi anunciou esta semana a redução da quarentena para sete dias tanto para casos positivos, como para casos contacto. No que respeita à abertura das praias, podem ser frequentadas das 05:00 às 16:00, sem venda nem consumo de bebidas alcoólicas e sem aglomerados.

Nyusi anunciou ainda um alívio nas restrições às visitas a detidos em prisões e doentes internados em unidades de saúde.

Moçambique tem um total acumulado de 2.140 mortes e 220.908 casos de covid-19, dos quais 88% recuperados e 140 internados.