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SADC

Governo moçambicano garante colaborar para sucesso da missão da SADC

O Ministério da Defesa moçambicano anunciou a chegada ao país de uma “equipa de avanço” para a preparação das condições de envio da força militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) ao país.

O Ministério da Defesa moçambicano anunciou a chegada ao país de uma “equipa de avanço” para a preparação das condições de envio da força militar da SADC. (fotografia de ilustração)
O Ministério da Defesa moçambicano anunciou a chegada ao país de uma “equipa de avanço” para a preparação das condições de envio da força militar da SADC. (fotografia de ilustração) © Secretariado da SADC
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O governo moçambicano está disponível a contribuir para o sucesso da missão da forca militar conjunta da SADC esperada no país, para o combate ao terrorismo em Cabo Delgado. 

A posição foi assumida esta quinta-feira, 22 de Julho, pela Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verônica Macamo, que recebeu em audiência o representante Especial da Missão da Força de Estado de Alerta da SADC em Moçambique. 

"O governo de Moçambique vai, efectivamente, colaborar em tudo que for necessário para o sucesso da missão. Para nós, o sucesso da missão significa sucesso não só da missão em Moçambique. Não queremos o terrorismo", afirmou a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação moçambicana. 

A chefe da diplomacia moçambicana falava durante a audiência concedida ao representante especial da missão da forca de estado de alerta da SADC em Moçambique, Mpho Molomo.

A força militar conjunta da SADC é esperada desde o dia 15 de Julho, lembra o porta-voz do Ministério da Defesa, Omar Saranga, garantindo que as forças estão a caminho.  

"Existem estas equipas de avanço, que estão a trabalhar com as nossas equipas no terreno, para a recepção da força. Quando a força chegar, por ser uma força substancial, acho que todo mundo há-de ver que a força chegou. Vem apoiar os esforços nacionais no combate ao terrorismo", declarou.

01:19

Correspondência de Moçambique

Em Cabo Delgado, já se encontra um contingente de 1.000 militares e polícias do Ruanda para a luta contra os grupos armados no quadro de um acordo bilateral entre o governo moçambicano e as autoridades de Kigali.

Apesar da escassa informação no terreno, levantam-se indicações de que estão decorrer acções de guerrilha, como descreve João Feijó, investigador e coordenador do Conselho Técnico do Observatório do Meio Rural em Maputo.

"Temos pouca informação porque a maioria da população saiu do terreno e a rede da linha móvel é instável e nem tem estado operação. Estamos numa fase de muita desinformação de propaganda, o relatório de ACLED compila as informações quer do exército moçambicano e ruandês, quer da agência amaq (o instrumento de propaganda do auto-proclamado) Estado Islâmico - todos eles reivindicam grandes vitórias. Parece que na última semana houve uma intensificação de pequenos ataques de guerrilha, de pequenos grupos, mas não temos muita informação concreta", descreveu o investigador.

00:53

João Feijó, investigador e coordenador do Conselho Técnico do Observatório do Meio Rural em Maputo

Grupos armados aterrorizam a província de Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo Estado Islâmico. Há mais de 2.800 mortes e 732.000 deslocados de acordo com as Nações Unidas.

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