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Moçambique/Associação Motoristas

Moçambique: polícia prende camionistas que reivindicam melhores condições de trabalho

Cerca de 30 camionistas de longo curso foram hoje detidos nas províncias de Sofala, Nampula e na cidade de Maputo, quando pretendiam manifestar em reivindicação de melhores condições de trabalho, denuncia o presidente da Asssociação Moçambicana dos Motoristas, que condena a actuação da polícia.

Associação dos Motoristas de Moçambique denuncia a detenção de vários camionistas a 2 de dezembro, quando realizavam uma manifestação pacífica, para exigir melhores condições de trabalho.
Associação dos Motoristas de Moçambique denuncia a detenção de vários camionistas a 2 de dezembro, quando realizavam uma manifestação pacífica, para exigir melhores condições de trabalho. Michael TEWELDE / AFP
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A polícia prendeu cerca de 30 motoristas esta quarta-feira, 2 de dezembro, e inviabilizou a realização de uma paralisação pacífica de âmbito nacional, agendada para as 18 horas locais e autorizada dos transportadores de carga de longo curso, que pretendiam reivindicar melhores condições de trabalho. 

António Ferro, presidente da Associação Moçambicana dos Motoristas - AMMO - explica que apesar da autorização a polícia efectuou detenções em várias províncias.  

"...quando hoje fomos parar, a polícia começou a escorraçar-nos. Começou com detenções e, para dizer, agora, na Beira estão 10 detidos, em Nampula estão 19 detidos, aqui em Maputo há 1 detido. Então, a gente está sem perceber, porque nos estão a deter. Temos documento [de autorização] que nos disseram que nós tínhamos que fazer e fizemos. A manifestação é pacífica ". 

Os cerca de 7.000 motoristas e transportadores exigem desde 2019 melhores condições de trabalho e reconhecimento profissional, contratos laborais, canalização de descontos para o INSS - Instituto Nacional de Segurança Social, redução da carga horária de trabalho e aumento salarial para 25 mil meticais, assistência médica e medicamentosa, disse à RFI João Festo, vice-presidente da AMMO.

Apesar da presença policial nos locais de concentração dos motoristas, estes prometem continuar a manifestar, algo que poderá agravar a já difícil situação pela qual passa o sector dos transportes, devido à crise imposta pela pandemia da Covid -19.  

Por sua vez a Confederação das Associações Económicas de Moçambique acusa a Associação dos Motoristas de agir de "má fé e de forma anti-ética", à margem dos consensos alcançados entre as partes.==================

 

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