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Moçambique/Cabo Delgado

Moçambique: polícia nega ter detido ou alvejado jornalista Ibraimo Mbaruco

Em Moçambique as forças de defesa e segurança negam ter detido ou alvejado mortalmente Ibraimo Mbaruco, jornalista e locutor da Rádio Comunitária de Palma, desaparecido desde 7 de Abril.

Ibraimo Abu Mbaruco, jornalista e locutor da rádio comunitária de Palma, em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, desaparecido desde 7 de abril 2020.
Ibraimo Abu Mbaruco, jornalista e locutor da rádio comunitária de Palma, em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, desaparecido desde 7 de abril 2020. © MISA-Moçambique
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O  jornalista da Rádio comunitária de Palma Ibraimo Mbaruco, está desaparecido desde o dia 7 de Abril, depois de ter sido sequestrado em circunstâncias ainda pouco claras, quando saia da Rádio onde trabalha, a sua família admite que ele possa ter sido morto.

Orlando Modumane, negou em conferência de imprensa, qualquer envolvimento da instituição no desaparecimento do jornalista Ibraimo Mbaruco e pelo contrário afirma estarem em curso várias investigações no sentido de se localizar o seu paradeiro.

"...circula em vários orgãos de comunicação social, uma informação dando conta que o cidadão Ibraimo Baruco, jornalista de uma rádio comunitária na província de Cabo Delgado, supostamente desaparecido dia 7 de abril, estaria detido ou teria sido alvejado mortalmente pelas Forças de Desefesa e Segurança, alegadamente por ser um informante dos malfeitores.

"As FDS de que a Polícia da República de Moçambique faz parte, distanciam-se absolutamente desta informação e estão a levar a cabo várias acções de investigação, no sentido de se localizar o paradeiro do mesmo".

MISA-Moçambique e RSF pedem esclarecimentos

Em sua última mensagem, enviada a um de seus colegas contactados pela ong Repórteres sem Fronteiras, o jornalista Ibraimo Mbaruco afirmava estar "cercado de soldados".

“As informações colecadas indicam que militares foram testemunhas e, possivelmente, envolvidos no desaparecimento do jornalista, declarou Arnaud Froger, diretor do escritório da RSF para a África.

A MISA-Moçambique, organização de defesa da liberdade de imprensa na África Austral, admitiu após uma investigação realizada no local dos factos, que o jornalista foi sequestrado pelas forças armadas.

De acordo com o site de notícias Zitamar News, notório pela sua seriedade, várias pessoas teriam sido sequestradas pelas forças de segurança no dia do desaparecimento do jornalista Ibraimo Mbaruco.

O bloqueio de informações e as detenções arbitrárias de jornalistas nessa região explicam, em grande parte, a queda de Moçambique, que perdeu 19 posições desde 2015 no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa estabelecido pela RSF e no índice de 2020 ocupa o lugar 104 em 180 países.

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