MDM pede demissão de Presidente de Moçambique
O MDM exige a demissão do Presidente de Moçambique depois das revelações no caso das dívidas ocultas que apontam o nome de Filipe Nyusi. O partido promete uma marcha de protesto.
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O MDM, terceira maior força política e na oposição em Moçambique, pediu, esta quinta-feira, que o Presidente Filipe Nyusi coloque o seu lugar à disposição, depois das revelações sobre as dívidas ocultas feitas na quarta-feira, em tribunal, em Nova Iorque.
“Depois de termos conhecimento que o actual chefe de Estado recebeu um milhão de dólares, o partido Frelimo recebeu 10 milhões de dólares - e há comprovativos através do banco internacional de Moçambique - nós exigimos que nas próximas 72 horas o chefe do Estado coloque o seu cargo à disposição, que o partido Frelimo venha a público esclarecer e que a PGR notifique o partido Frelimo, notifique o senhor Armando Guebuza , notifique o senhor Filipe Jacinto Nyusi porque o país não pode ser governado nos próximos cinco anos por um grupo de gangsters”, afirmou Augusto Pelembe.
O representante do MDM pediu, ainda, que o Conselho Constitucional declare as eleições gerais de 15 de Outubro nulas já que os resultados ainda não foram validados e reiterou que o seu partido que já havia alegado fraude contra os resultados que reelegeram Filipe Nyusi. O dirigente da oposição disse, ainda, que o partido vai “apelar para uma marcha a nível nacional”.
A reacção do MDM surge depois de o principal negociador da Privinvest, Jean Boustani, ter revelado, na quarta-feira, que o actual Presidente de Moçambique e da Frelimo, assim como o antigo ministro das Finanças, Manuel Chang, receberam milhões de dólares para campanhas eleitorais em 2014.
Oiça aqui a reportagem de Orfeu Lisboa, correspondente em Maputo.
Orfeu Lisboa, Correspondente em Maputo
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