Jornalista guineense quer partilha justa de águas de rios com Senegal
O jornalista guineense da cadeia televisiva americana, CNN, Umaro Djau, enviou uma carta ao presidente senegalês, Macky Sall, para alertar sobre os efeitos das barragens senegalesas de Niandouba e Anambé construidas na confluência dos rios Kayanga e do rio Anambé, que provocaram uma drástica redução do caudal do Rio Geba e seus afluentes, privando o território guineense de valiosos recursos hídricos desde 1984.
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Há muito que as populações de três regiões que fazem a fronteira com o Senegal vinham a lamentar a escassez de água.
Umaro Djau, jornalista guineense que trabalha na cadeia norte-americana, CNN, decidiu endereçar uma carta aberta ao presidente Macky Sall do Senegal.
Na carta, Umaro Djau toma em mãos as preocupações das populações de Bafatá e Gabú, no leste e Oio no norte da Guiné-Bissau para informar a Macky Sall que o Senegal tem que ter outra postura na gestão da água dos rios que banham os dois países.
Diz Umaro Djau que a construção de duas barragens no Senegal impediu a passagem de grande caudal da água para os afluentes de três importantes rios no lado guineense.
O jornalista, igualmente, fundador daRádio Gumbé na Net afirma que a situação afeta de forma direta cerca de meio milhão de pessoas nas três regiões guineenses.
A agricultura, a pesca, a pastorícia e a caça são os efeitos imediatos.
Umaro Djau, que se quer encontrar pessoalmente com o presidente Macky Sall, propõe como solução, para um problema que existe desde 1984, a gestão partilhada e justa das águas dos rios que banham o Senegal e a Guiné-Bissau.
De Bissau, o nosso correspondente, Mussá Baldé.
Mussá Baldé, correspondente, em Bissau
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