Presidente guineense recusa DSP para primeiro-ministro
O Presidente da Guiné-Bissau recusa o nome de Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC, para o cargo de primeiro-ministro. A renúncia foi comunicada por carta enviada pelo chefe de Estado guineense a Domingos Simões Pereira
Publicado a: Modificado a:
Na missiva, o Presidente da Guiné-Bissau diz declinar a proposta do PAIGC "fazendo jus aos poderes constitucionais", que lhe são reservados.
No entanto, José Mário Vaz não especifica quais os poderes que refere.
Solicita apenas, ao PAIGC, o partido mais votado nas eleições legislativas de 10 de março, que indique um nome alternativo para chefiar o governo guineense.
Em declarações à agência Lusa, Domingos Simões Pereira disse ter recebido duas cartas do Presidente da Guiné-Bissau: uma recusando a indicação do seu nome, outra pedindo ao PAIGC para indicar outra pessoa.
Recorde-se que, apesar de as eleições legislativas se terem realizado em março, apenas na sexta-feira passada o Presidente José Mário Vaz começou a ouvir os partidos para a indigitação do primeiro-ministro.
No entanto, José Mário Vaz marcou já as eleições presidenciais para 24 de novembro.
O presidente guineense justifica o atraso na indigitação do primeiro-ministro com o impasse político que se verifica no parlamento guineense para a eleição da mesa da Assembleia Nacional Popular.
Segundo o artigo 68 (alínea g) da Constituição da República da Guiné-Bissau, são atribuições do chefe de Estado "nomear e exonerar o primeino-ministro, tendo em conta os resultados eleitorais e ouvidas as forças políticas representadas na Assembleia Nacional Popular".
Mais pormenores com Aliu Candé.
Correspondência de Aliu Candé em serviço especial para a RFI
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro