Milhares de apoiantes da maioria parlamentar na Guiné-Bissau saíram às ruas, esta sexta-feira, em protesto. Exigem a nomeação do primeiro-ministro e do Governo. As legislativas realizaram-se a 10 de Março e, três meses depois do sufrágio, o Presidente da República ainda não nomeou o novo executivo.Já ontem, as ruas da capital tinham sido de palco de manifestações do PRS e Madem G-15 a exigirem a eleição da Mesa da Assembleia Popular. A maioria dos deputados guineenses não quer Braima Camará, coordenador do Madem G-15, no lugar de segundo vice-presidente e o Madem G-15 recusa avançar com outro nome para o posto.José Mário Vaz diz que só vai nomear primeiro-ministro e governo quando estiver resolvido o impasse parlamentar. Acresce-se o facto do mandato do presidente terminar a 23 de Junho, sem eleições presidências marcadas.Além da classe política guineense em ebulição, nas ruas estiveram igualmente as duas centrais sindicais do país, que há várias semanas realizam períodos de greve, entre terça e quinta-feira, para reivindicar melhores condições de trabalho.Um país na rua, no dia em que se assinala o 21° aniversário da guerra de 7 de Junho que deu início a uma sangrenta guerra civil de 11 meses.Para analisar a situação política guineense, a RFI ouviu Rui Jorge Semedo, politólogo ligado ao INEP (Instituto Nacional de Estatística e Pesquisa).
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O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou que Portugal deve liderar o processo de assumir e reparar as consequências do período do colonialismo e sugeriu como exemplo o perdão de dívidas, cooperação e financiamento. "A história da reparação do período colonial é inadiável", acredita António Pinto Ribeiro, programador cultural e investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.29/04/202409:41