Bissau lançou campanha de comercialização da castanha do caju
O primeiro-ministro da Guiné Bissau, lançou hoje a campanha de comercialização da castanha do caju. O preço base da compra do produto foi fixado em 76 euros. A castanha do caju é um negócio que envolve cerca de 80% da população guineense. O governo prevê exportar 200 mil toneladas do produto, sobretudo para a India, a principal compradora do caju em bruto, e também este ano o Vietname.
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Sem grandes polémicas como ocorreu no ano passado, foi aberta hoje a campanha de comercialização da castanha do caju.
O primeiro-ministro, Aristides Gomes, foi quem abriu oficialmente a campanha, declarando 500 francos CFA, cerca de 76 euros, como o preço base da compra do produto ao agricultor.
A polémica do ano passado deu-se quando o Presidente José Mário Vaz decidiu fixar o preço da compra em 1000 francos CFA, criando perturbações no negócio daquele que é o principal produto de exportação e agrícola da Guiné-Bissau.
Acredita-se que cerca de 80 por cento da população guineense dedica-se ao negócio do caju.
Este ano, o Governo tomou em mãos a condução do processo, prevendo exportar 200 mil toneladas. A India é a principal compradora do caju em bruto da Guiné-Bissau, mas este ano o Vietname já disse que quer comprar pelo menos 150 mil toneladas.
O governo saúda o interesse dos compradores asiáticos, por proporcionar a concorrência, apenas promete maior vigilância na saída clandestina do caju guineense para o Senegal.
Só no ano passado, o Governo estima terem saído pelas portas travessas para o Senegal cerca de 50 mil toneladas do caju da Guiné-Bissau.
O lema da campanha deste ano é tolerância zero à saída clandestina do caju.
De Bissau, o nosso correspondente, Mussá Baldé.
Mussá Baldé, correspondente, em Bissau
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