Há vinte anos, no dia 7 de Junho de 1998, deu-se o início da guerra civil na Guiné-Bissau. Naquele dia, o brigadeiro Ansumane Mané, que tinha acabado de ser demitido das suas funções de Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas pelo então Presidente Nino Vieira que o acusava de ser responsável do tráfico de armas do exército guineense para a guerrilha da Casamança, no vizinho Senegal, conduziu um levantamento militar que resvalou para uma guerra civil. Vários meses e cerca de 2000 mortos depois (segundo estimativas de ONGs), o equilíbrio de forças inverteu-se em desfavor do Presidente Nino Vieira que se viu forçado ao exílio em 1999, antes de ser eleito em 2000 um novo Presidente, Kumba Yalá. Nessa época conturbada, Afonso Té, actualmente líder do Partido Republicano para a Independência e Desenvolvimento (PRID), foi nomeado por Nino Vieira Chefe de Estado-Maior adjunto das Forças Armadas. Ao fazer um balanço desse período, Afonso Té evoca as causas que foram apontadas para a génese da guerra.
Ver os demais episódios
-
França: Os estudantes vão continuar a lutar pelos direitos dos palestinianos
À semelhança do que tem vindo a acontecer nas universidades norte-americanas, também os alunos franceses intensificam os protestos contra a operação militar israelita em curso na faixa de Gaza. Eduardo Cury, estudante brasileiro na Sciences Po Paris, participa neste movimento, aponta o dedo à postura do Ocidente, lembrando a “culpa” da não condenação ou do silêncio “em relação às atrocidades cometidas em Gaza”.01/05/202409:49 -
Angola na Coreia do Sul para diversificar economia
Terminou nesta terça-feira, 30 de Abril, a visita oficial de dois dias do Presidente de Angola à Coreia do Sul. Em Seul, João Lourenço foi recebido pelo homólogo sul coreano, Yoon Suk-yeol, e participou no Fórum Económico com vista ao reforço das relações bilaterais. Em entrevista à RFI, Sérgio Dundão, cientista político de Angola, fala das áreas de cooperação entre os dois países, sublinhado que Angola continua empenhada em diversificar os parceiros comerciais.30/04/202408:03 -
Declarações de Marcelo "devem trazer para a agenda política situação dos afro-descendentes"
O Presidente português defendeu que Portugal “assume total responsabilidade” pelos erros do passado, e disse que esses crimes, incluindo massacres coloniais, tiveram “custos” e que há que pagá-los. "Este debate é muito fácil de se fazer, transferindo de alguma forma a questão para a realidade dos países no continente africano. Creio que se deve aproveitar esta oportunidade para trazer para a agenda política nacional a situação dos afro-descendentes", defende Yussef, activista pan-africanista.29/04/202409:32 -
"História da reparação [do período colonial] é um debate absolutamente inadiável"
O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou que Portugal deve liderar o processo de assumir e reparar as consequências do período do colonialismo e sugeriu como exemplo o perdão de dívidas, cooperação e financiamento. "A história da reparação do período colonial é inadiável", acredita António Pinto Ribeiro, programador cultural e investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.29/04/202409:41 -
“Que força é essa” Sérgio Godinho?
Sérgio Godinho criou canções que são símbolos de liberdade e de resistência, mas não se revê na etiqueta de música de intervenção. Diz simplesmente que se limita a falar da vida. Nos 50 anos do 25 de Abril, convidámos o músico, cantor, compositor, poeta, escritor, actor, “homem dos sete instrumentos”, para falar sobre os tempos da ditadura, do exílio e da criação dos seus primeiros discos.27/04/202431:05