Seis desaparecidos em naufrágio nos Bijagos
Numa altura em que as autoridades guineenses estão a lançar uma campanha para depositar o lixo dos navios na zona continental, ocorre mais um naufrágio no mar da Guiné-Bissau. O capitão dos Portos de Bissau diz que as pessoas não estão a respeitar o apelo do uso de coletes salva-vidas.
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O mar voltou a ser notícia na Guiné-Bissau por dois motivos: mais um naufrágio no arquipélago dos Bijagos e o início da obrigatoriedade de os navios passarem a depositar lixo na zona continental.
Na sequência de ventos fortes que se têm abatido sobre a Guiné-Bissau, nos últimos dias, uma piroga naufragou na última madrugada entre as ilhas de Bubaque e Canhabaque, no arquipélago dos Bijagós.
A piroga de pesca artesanal transportava 16 pessoas entre pescadores e passageiros que aproveitaram uma boleia de Bubaque para Canhabaque ,já que não há transporte regular entre as duas ilhas.
Das 16 pessoas que seguiam na piroga 10 foram resgatadas com vida, seis são dadas como desaparecidas.
O capitão dos Portos de Bissau, Sigá Batista, diz que os ocupantes da piroga estavam sem coletes salva-vidas o que afirma ser mais perigoso a partir deste mês de Outubro até Fevereiro com os fortes ventos que se abatem sobre o mar guineense.
Ainda sobre o mar, de assinalar que a partir deste mês qualquer navio a pescar nas águas da Guiné-Bissau tem que vir a terra depositar o lixo que tiver produzido, quem não cumprir sujeita-se a uma pesada multa das autoridades.
No âmbito de uma convenção internacional assinada pela Guiné-Bissau, há receios de chegar ao ano 2050 e ter mais lixo no alto-mar do que peixe como nos explica o nosso correspondente em Bissau, Mussá Baldé.
Correspondência de Mussá Baldé
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