Trabalhadores do Porto de Bissau contra privatização
O Sindicato dos Trabalhadores do Porto de Bissau opõem-se à sua privatização anunciada, em meados de Julho, pelo ministro dos Transportes e Comunicações, Fidelis Forbs que, na altura, anunciou que uma empresa francesa e outra filipina estavam interessadas, tendo garantido que a empresa escolhida deveria pagar a dívida de 5,9 milhoes de euros à portuguesa Tertir que geriu o porto entre 1992 e 1999.
Publicado a: Modificado a:
A intenção de ceder a gestão e exploração do principal porto comercial da Guiné-Bissau a um investidor que tenha capital para requalificar a infra-estrutura já é antiga, mas com o relançar do processo feito pelo actual Governo. Os ânimos exaltaram-se entre o executivo e os trabalhadores.
O governo, representado no processo pelo ministério dos Transportes, diz que o porto tem que ser entregue a um gestor privado, que tenha capital e conhecimentos de gestão que possa operar uma serie de mudanças na infra-estrutura, desde logo um investimento robusto de dinheiro para dragagem e sinalização dos canais de navegação de barcos e navios de grande calado.
Actualmente o calado máximo do Porto é de até 11 metros, quando há 30 anos atrás o calado máximo era de 14 metros.
Duas empresas concorreram para ficar com a gestão e exploração do Porto, uma francesa e outra das filipinas. Em agosto o governo vai anunciar qual das duas empresas irá ficar com a gestão do Porto. O Governo diz que está tudo esclarecido com o sindicato dos trabalhadores.
Os trabalhadores, estes, dizem que não é bem assim. Que não foram consultados, que a empresa que gere o Porto de Bissau, a APBG, está de boa saúde financeira que o Governo quer mais é vender a infraestrutura para que encher os bolsos dos governantes.
Ivo Cá, presidente do sindicato da APGB ameaça tirar os trabalhadores à rua se o Governo insistir na ideia. Pede ao Presidente José Mário Vaz para que trave a iniciativa. Mais detalhes com o nosso correspondente em Bissau, Mussá Baldé.
Correspondência de Bissau
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro