Guiné-Bissau: movimento critica visita de Macky Sall
O Movimento Patriótico, um partido sem representação parlamentar mas bastante interventivo no cenário político guineense, considera que o presidente do Senegal, Macky Sall, não devia visitar a Guiné-Bissau por ser uma visita não desejada no país.
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O líder do Movimento Patriótico considera que o Senegal não quer o bem-estar da Guiné-Bissau. José Paulo Semedo afirma que Macky Sall procura aproveitar-se da instabilidade política, para assinar um acordo de partilha de recursos petrolíferos existentes na fronteira comum dos dois países. Acordo esse que diz ser lesivo aos interesses da Guiné-Bissau.
José Paulo Semedo diz também que o Senegal tem mãos invisíveis na instabilidade crónica na Guiné-Bissau. Isto faz com que o Senegal saia sempre a ganhar com o caos político na Guiné, ainda que não sustente como é que isso ocorre.
Numa conferência de imprensa, José Paulo Semedo considera indesejada a visita de Estado do Presidente Macky Sall à Guiné-Bissau e aconselha mesmo o líder senegalês a não realizar a visita que deve acontecer no próximo mês de Maio, segundo fontes do governo guineense.
Com isto, o líder quer dizer que enquanto o Presidente da Guiné-Bissau não cumprir com o Acordo do Conacri (instrumento político patrocinado pelos líderes da África Ocidental, segundo o qual deve ser criado um novo governo que tenha o consenso de todas as forças políticas), não pode beneficiar da solidariedade política internacional.
O Movimento Patriótico entende assim que Macky Sall vem a Bissau com o objetivo de dar apoio moral e político ao atual regime da Guiné-Bissau, situação que o seu partido não pode aceitar.
De realçar que o presidente senegalês, Macky Sall, vai visitar a Guiné-Bissau nos primeiros dias do mês de Maio, onde se vai encontrar com o chefe de Estado guineense, José Mário Vaz.
Confira aqui a crónica do nosso correspondente na Guiné-Bissau, Mussá Baldé, sobre o assunto.
Crónica de Mussá Baldé, correspondente da RFI na Guiné-Bissau
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