A crise também afectou o Carnaval da Guiné-Bissau
"Carnaval como factor de inserção social económica" foi o lema escolhido, este ano, para animar a maior festa popular na Guiné-Bissau. O carnaval não escapou às consequências da crise e a um braço-de-ferro entre o governo e a comissão organizadora.
Publicado a: Modificado a:
Quatro dias de folia. Muito povo nas ruas. A festa, que deve terminar esta terça-feira, concentra-se em Bissau. O carnaval deste ano ficará na história pelo braço-de-ferro entre a comissão organizadora e o governo devido às verbas para a festa.
Só à última hora é que o Governo decidiu dar dinheiro para que fosse organizado o tradicional desfile. A comissão organizadora tinha apresentado um orçamento de mais de 200 milhões de francos CFA, cerca de 131 mil euros, mas o Governo mostrou-se indisponível para dar todo esse dinheiro e só na véspera é que o executivo avançou com parte dos fundos.
Às pressas, a comissão organizadora chamou os grupos para um concurso. As oito regiões do interior fizeram-se representar mas, de Bissau, apenas participaram no desfile três bairros: Brá, Chada e Chão de Papel e Chão de Papel, este último vencedor do Carnaval 2017.
O atraso na entrega do dinheiro e a indefinição sobre se havia ou não desfile fizeram com que o carnaval deste ano ficasse aquém das expectativas habituais. Os foliões dizem que tudo foi organizado às pressas.
Oiça aqui a reportagem de Mussa Baldé, correspondente em Bissau.
Reportagem de Mussa Baldé
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro