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Guiné-Bissau

“Intervenção militar no Níger continua em cima da mesa” - Sissoco Embaló

Numa entrevista à France 24, o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, lamentou os golpes de Estado no Níger, Mali e Gabão e sublinhou que a CEDEAO tem responsabilidade nesta matéria. “Desde o primeiro golpe de Estado, deveríamos ter sido firmes e ter adoptado medidas”, afirmou o Sissoco Embaló, que acrescentou tratar-se de uma situação “antidemocrática”, que faz a “tradição dos anos 70-80”.

Umaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau.
Umaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau. REUTERS - POOL
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O presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, de passagem esta semana por Paris, em declarações a Marc Perelman, da France 24, afirmou que a opção de uma intervenção militar da comunidade regional, a CEDEAO, contra os golpistas no Níger se mantém em cima da mesa.

“Desde o primeiro golpe de Estado, deveríamos ter sido firmes e ter adoptado medidas”, afirmou o Sissoco Embaló, que acrescentou tratar-se de uma situação “antidemocrática”, que faz a “tradição dos anos 70-80”.

Para o Presidente guineense, a questão da intervenção militar por parte da Comunidade Económica dos Países da África Ocidental continua em cima da mesa e diz mesmo que é a credibilidade da CEDEAO que está em jogo.

A CEDEAO tenta negociar com os golpistas que a 26 de Julho tomaram o poder no Níger e ameaçou intervir militarmente em caso de falhanço das negociações para restabelecer a ordem constitucional.

Umaro Sissoco Embaló considera “um grande erro da parte da CEDEAO ao levantar as sanções ao Mali” e afirma que “uma transição não é aceitável” no Níger. Quanto ao seu país, Embalo diz não ter medo de um golpe de Estado.

Houve uma decisão política da CEDEAO quanto ao envio de uma força militar, já que realizámos duas cimeiras na Nigéria sobre o assunto.

Foi dado um prazo à junta militar e, em seguida, tentámos chamá-los à razão quanto ao restabelecimento do presidente Bazoum e da ordem constitucional.

Mas a intervenção militar continua na mesa! Não posso avançar datas porque, claro está, é uma questão estratégica e militar.

A credibilidade da CEDEAO está aqui em xeque! Ela pode não morrer, mas vir a enfraquecer ainda mais. 

Poderíamos chegar, mesmo, a um cenário de desaparecimento da CEDEAO, como outras organizações regionais!

E isso será uma grande perda para nós!

É verdade que houve golpes na Guiné Conacri, no Mali, no Burkina Faso. Mas não é por se ter fechado os olhos nessas circunstâncias que não se pode intervir no Níger!

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