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Guiné-Bissau

Líder do PAIGC novamente impedido de viajar para o estrangeiro

O líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira informou ter sido ontem novamente impedido de sair do país, após a companhia aérea com a qual devia viajar lhe ter comunicado ter recebido ordem de não o autorizar a efectuar o seu ‘check-in’. O responsável partidário que recentemente tinha considerado estar "prisioneiro no seu próprio país" já foi impossibilitado de viajar para fora da Guiné-Bissau noutras circunstâncias, a última vez tendo sido a 16 de Dezembro.

Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC.
Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC. AFP - MARTIN BUREAU
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“A companhia informou aos elementos do protocolo que se apresentaram no aeroporto que tinha recebido ordens expressas para não proceder ao registo da minha viagem”, explicou o líder do PAIGC. Ao referir que os elementos do seu protocolo pediram um justificativo para esta decisão, o responsável político disse que acabou por não ser possível “porque visivelmente a companhia sentiu-se constrangida pela forma como lhe foi transmitida a tal ordem”.

Domingos Simões Pereira que tinha marcado viagem rumo a Lisboa na companhia aérea Euroatlantic lamentou esta situação que, na sua óptica, traduz um "défice de cultura democrática".

"Se nas vezes anteriores se fabricou todo o tipo de justificativo para dizer que havia algo que impedia a minha deslocação, desta vez, na ausência desse algo ou de qualquer restrição à minha liberdade, a solução é fisicamente impedir o meu acesso ao aeroporto e desta forma não há como provar que os meus direitos estão a ser postos em causa” declarou o líder partidário.

"Penso que todo o guineense se sente entristecido por isso. Voltamos a ter uma capital militarizada por algo que é absolutamente incompreensível. Eu sou um cidadão de ordem, portanto, havendo alguma disposição que restringe a minha liberdade, bastaria comunicarem-me isso. A nenhum guineense faz bem ouvir que em 2023 continuamos a impedir, por via força, alguém de aceder a um espaço público. Não faz sentido", vincou ainda Domingos Simões Pereira.

Noutra vertente, ao comentar a actualidade política do seu país, Domingos Simões Pereira considerou que a decisão de prolongar, por mais duas semanas, o recenseamento eleitoral é “preocupante” e que “não há determinação” para a realização de legislativas, previstas para 4 de Junho. Recorde-se que o seu partido bem como outras formações políticas pediram recentemente uma auditoria internacional ao recenseamento em curso.

 

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