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Greve

Greve da função pública na Guiné Bissau vai continuar em Julho

Na Guiné-Bissau, arranca na quinta-feira mais uma paralisação com duração de 30 dias. A maior central sindical do país, a União Nacional dos Trabalhadores, tem paralisado parcialmente a Guiné Bissau nos últimos seis meses para exigir melhores condições de trabalho e pagamento de salários em atraso.

As negociações entre sindicatos e o Governo da Guiné Bissau continuam assim como a greve.
As negociações entre sindicatos e o Governo da Guiné Bissau continuam assim como a greve. © AFP
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Há 6 meses que a Função Pública está paralisada parcialmente com maior incidência nos sectores da Educação e Saúde. 

O braço de ferro entre o Governo e a principal central sindical do país tem a ver com o cumprimento pelo menos, de 9 dos 30 pontos, do memorando de entendimento, realça o Secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-UNTG, Júlio Mendonça. 

"Temos mais de 30 pontos, mas ficámos apenas nos 9 [na negociação]. Até agora não desbloquearam os salários. Já têm em mão o estatuto da carreira dos médicos e enfermeitos. A carga horária já sabem qual é e o valor em causa também, era só iniciar o pagamento. Até agora não o fizeram. Basta o Governo cumprir isto e vamos suspender a greve", disse Júlio Mendonça.

O Governo reconhece, mas afirma que o problema é estrutural e que está a ser resolvido paulatinamente. O porta-voz do Governo, Fernando Vaz assegura que as negociações apontam para uma solução viável que beneficie o país.

"O sindicato mostra-se disponível a negociar, temos negociado e de certeza que vamos sair deste impasse que dura há seis meses. Mas o problema é estrutural, é um problema de fundo. O Governo tem de ser realista. Estar a assumir compromissos para depois ter salários em atraso durante um ano e não pagar, não faz sentido", disse o porta-voz do executivo.

A sociedade civil, preocupada com o rumo da situação, tentou mediar, mas não conseguiu travar a sétima ronda de greve. 

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