Associação e sociedade civil celebram Dia da Criança na Guiné-Bissau
A Guiné-Bissau, por intermédio da Associação dos Amigos da Criança, celebrou com pompa a data do Dia das Crianças. Outras organizações da sociedade civil da Guiné-Bissau deram a sua contribuição para o evento. Muitas são ainda, porém, as meninas a fugir do casamento forçado.
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Dia de festa para algumas crianças da Guiné-Bissau, algumas porque uma boa parte de crianças guineenses não sabem o que é um dia festivo.
Pelo menos é o que diz Laudolino Carlos Medina, secretário executivo da AMIC, (Associação amigos da criança da Guiné-Bissau) que juntou no Dia da Criança pessoas de várias organizações da sociedade civil guineense, que trabalham directa ou indirectamente na mitigação de problemas que as afectam.
O encontro, uma roda de convivência debaixo de um cajueiro decorreu no centro de acolhimento de crianças vitimas do casamento forçado e de outros maus tratos, como criança Talibé, criança em situação de mendicidade.
A AMIC juntou pessoas mais velhas com crianças que de uma forma ou de outra passaram por maus tratos, sobretudo as que um dia fugiram do casamento forçado.
Laudolino Medina disse que este fenómeno é uma realidade de todas as etnias da Guiné-Bissau.
Medina sublinhou que neste preciso momento o fenómeno tende a diminuir, mas que nos meses que se avizinham volta a ser uma realidade.
Em média, o centro de acolhimento da AMIC ,em Bissau, recebe, no pico do fenómeno, cinco crianças fugidas do casamento forçado por cada semana.
Ouça aqui a correspondência de Mussá Baldé:
Correspondência de Bissau, 1/6/2021
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