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Guiné-Bissau

Domingos Simões Pereira anuncia regresso sexta à Guiné-Bissau

Domingos Simões Pereira regressa na sexta-feira à Guiné-Bissau. O presidente do PAIGC, actualmente em Portugal, anunciou que vai assumir o seu cargo de deputado na Assembleia Nacional Popular. O candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais denunciou um clima de terror no seu país.

Domingos Simões Pereira nos nossos estúdios a 25 de Fevereiro de 2020.
Domingos Simões Pereira nos nossos estúdios a 25 de Fevereiro de 2020. RFI/Liliana Henriques
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Num vídeo publicado no Youtube, divulgado hoje pelo PAIGC, Domingos Simões Pereira, condena o espancamento sofrido pelo jornalista Aly Silva cujo blog é tido como próximo do partido mais votado nas últimas eleições legislativas.

O antigo secretário executivo da CPLP, Comunidade dos países de língua portuguesa, fez também referência aos riscos inerentes quanto à concentração de pessoas nas bermas das estradas entre o Aeroporto Osvaldo Vieira e o centro da capital guineense, em pleno contexto da pandemia de Covid-19.

Em declarações à rfi o líder do PAIGC explica o que o motiva a voltar agora ao seu país, um regresso que terá sido várias vezes adiado.

"Em Dezembro passado havia suspenso os vídeos que, normalmente, eu edito todas as semanas para organizar o meu regresso. Infelizmente interpuseram-se outras situações como a tal emissão [de um mandado de] procura internacional e, portanto, acabou por adiar o meu regresso. Eu acho ter chegado o momento para retomar não só a minha vida enquanto líder do maior partido político, como a nível da Assembleia Nacional Popular. "

Interrogado sobre o contexto pontuado pelo rapto e espancamento nesta terça-feira do jornalista Aly Silva por desconhecidos Domingos Simões Pereira denuncia um estado de terror no seu país.

"Penso que são desconhecidos que não é muito difícil de identificar. Porque quando há ameaças, e o Aly disse claramente que recebeu ameaças, e, portanto, em menos de 24 horas se confirma aquilo que era o teor das ameaças, não fica muito difícil de imaginar, aliás nem é preciso ter imaginação. Mas é um estado de terror que se tenta impor na Guiné-Bissau.

Obviamente que todos nós, enquanto cidadãos guineenses, temos de ficar preocupados porque nós conhecemos a história política e de instabilidade do nosso país. Penso que todos já devamos ter aprendido com a necessidade de contribuirmos para a paz e a estabilidade interna que é necessária. Infelizmente há gente que continua a brincar com o fogo.

Por isso é que eu digo que não é um confronto especial, nem ao Aly, nem a outros que também têm sofrido essas ameaças e essas agressões. É a todo o povo guineense que compete se levantar, como um só. Como agora ouvi por parte da sociedade civil e felicito essa posição da sociedade civil. É preciso exigir responsabilização e, ao mesmo tempo, é preciso exigir que os órgãos de soberania assumam a sua responsabilidade e cumpram com aquilo que são os ditames constitucionais."

01:58

Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC

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