O actor guineense Welket Bungué também já realizou curtas metragens e tem um papel neste momento num filme alemão "Berlin Alexanderplatz", em exibição no Festival internacional de cinema de Berlim. Rui Martins esteve à conversa com ele.
Talvez seja inédito - um filme alemão, Berlin Alexanderplatz, baseado num livro antológico do escritor Alfred Doblin, tendo como actor principal um guineense, a estrear-se na competição internacional do Festival de Cinema de Berlim. Trata-se do actor mas igualmente realizador Welket Bungué, radicado em Lisboa, que para assumir o seu estrelato precisou de fazer um curso intensivo de alemão.
No filme, Welket Bungué é um imigrante guinneense que sobrevive a um naufrágio e consegue entrar na Europa pelo Mediterrâneo. Chega enfim a Berlim, onde passa a se chamar Franz e fica a serviço de um traficante de droga também psicopata.Um filme de três horas que dividiu a crítica.
Welket pertence às companhias de teatro Rastilho, de Lisboa, e Homlet, de Beja, das quais foi fundador. Já realizou seis curtas metragens, convidadas por diversos festivais. Já ganhou o prémio de melhor actor com curtas metragens em Ovar e Viseu.
Foi a sua participação no filme Joaquim de Marcelo Gomes, exibido há dois anos no Festival Internacional de Cinema de Berlim, onde foi descoberto pelos alemães para encenar Berlin Alexanderplatz. Nesta entrevista, Welket mostra a importância do cinema brasileiro na sua carreira, quando em Portugal recebia apenas papéis secundärios.
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