Tsai Ing-wen e o seu Partido Democrata Progressista venceram com maioria absoluta as eleições legislativas e presidenciais de sábado na República da China ou Taiwan, pondo assim termo a 67 anos de regime do Partido nacionalista Kuomintang de Chiang Kai Shek, que em 1949 se refugiou em Taiwan fugindo à guerra civil na China, que culminou na vitória de Mao Tsé Tung.Em 1992 estes dois países assinaram um pacto de consenso, que reconhece uma só China e em Novembro passado teve lugar o que foi classificado como um encontro histórico entre os dois respectivos Presidentes : o chinês Xi Jinping e o taiwanês Ma Ying-jeou.O Partido Democrata Progressista (que elegeu um Presidente entre 2000 e 2008) que defende a independência de Taiwan e não reconhece o status quo assinado em 1992, conquistou 67 dos 113 deputados e os taiwaneses elegeram pela primeira vez no continente asiático uma mulher para Presidente.No seu primeiro discurso depois da eleição Tsai Ing-wen apelou à "protecção da soberania de Taiwan", que depende economicamente da República Popular da China.Arnaldo Gonçalves docente universitário português de relações internacionais em Macau, comenta esta vitória "já esperada" da oposição.
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O Haiti está a braços com uma profunda crise política e de segurança que já fez centenas de mortos. Nos últimos anos, e em particular desde Fevereiro passado, o território foi tomado de assalto por gangues que controlam quase todo o país, situação instável, que já levou mesmo à demissão do primeiro-ministro, Ariel Henry.02/05/202410:02 -
França: Os estudantes vão continuar a lutar pelos direitos dos palestinianos
À semelhança do que tem vindo a acontecer nas universidades norte-americanas, também os alunos franceses intensificam os protestos contra a operação militar israelita em curso na faixa de Gaza. Eduardo Cury, estudante brasileiro na Sciences Po Paris, participa neste movimento, aponta o dedo à postura do Ocidente, lembrando a “culpa” da não condenação ou do silêncio “em relação às atrocidades cometidas em Gaza”.01/05/202409:49 -
Angola na Coreia do Sul para diversificar economia
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O Presidente português defendeu que Portugal “assume total responsabilidade” pelos erros do passado, e disse que esses crimes, incluindo massacres coloniais, tiveram “custos” e que há que pagá-los. "Este debate é muito fácil de se fazer, transferindo de alguma forma a questão para a realidade dos países no continente africano. Creio que se deve aproveitar esta oportunidade para trazer para a agenda política nacional a situação dos afro-descendentes", defende Yussef, activista pan-africanista.29/04/202409:32 -
"História da reparação [do período colonial] é um debate absolutamente inadiável"
O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou que Portugal deve liderar o processo de assumir e reparar as consequências do período do colonialismo e sugeriu como exemplo o perdão de dívidas, cooperação e financiamento. "A história da reparação do período colonial é inadiável", acredita António Pinto Ribeiro, programador cultural e investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.29/04/202409:41