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Egito/crise

Presidente egípcio exige que Exército anule ultimato

Em sua conta no Twitter, o presidente egípcio, Mohamed Mursi, ressaltou nesta terça-feira à noite sua “legitimidade constitucional” e pediu que o Exército retire seu ultimato cujo prazo termina nesta quarta-feira. Logo depois, em pronunciamento transmitido pela televisão estatal, ele afirmou não ter outra escolha a não ser “dar continuidade à tarefa que lhe foi democraticamente confiada”.

Partidários do presidente egípcio Mohamed Mursi durante manifestação em Alexandria, nesta terça-feira, dia 2 de julho.
Partidários do presidente egípcio Mohamed Mursi durante manifestação em Alexandria, nesta terça-feira, dia 2 de julho. REUTERS/Asmaa Waguih
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Na televisão egípcia, Mursi declarou que as eleições realizadas no ano passado e que lhe colocaram na liderança do país foram “livres e respeitaram a vontade do povo”. Ele ressaltou ser o primeiro presidente eleito democraticamente e pediu apoio ao povo para que ele possa enfrentar seus desafios como líder do Egito.

Na conta oficial da presidência no Twitter, o chefe de Estado se negou a compartilhar o governo com forças políticas da oposição e disse que não vai admitir receber ordens. “O presidente Mohamed Mursi ratifica sua legitimidade constitucional, recusa toda tentativa de se desviar disso, pede às Forças Armadas que retire seu ultimato e se recusa a ser comandado”, diz a mensagem publicada na rede social.

O presidente egípcio se reuniu durante várias horas nesta terça-feira com o chefe do Exército do país, Abdel Fatah al-Sissi, mas nenhuma informação foi divulgada até o momento sobre este encontro.

Os militares anunciaram nesta tarde que podem suspender a Constituição e dissolver o Parlamento, depois que Mursi rejeitou, na segunda-feira, o ultimato de 48 horas para ouvir o povo e resolver a crise política que instaurou o caos no país.

Abandonado por cinco ministros e seu próprio porta-voz, o líder islâmico declarou que dará seqüência aos planos de seu governo para resolver a crise no Egito. Enquanto isso, o Conselho Supremo das Forças Armadas se organiza para passar a direção do país a uma “administração intermediária”, até que uma nova Constituição seja redigida e novas eleições presidenciais sejam anunciadas.

Sete mortos

As manifestações em massa que exigem a renúncia de Mursi foram realizadas novamente nesta terça em todo o país. Confrontos entre partidários e opositores do governo deixaram ao menos sete mortos e dezenas de feridos no Cairo.
 

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