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Atentado de Toulouse

Jornais evocam questões em aberto e campanha eleitoral após mortes em Toulouse

Pelo quarto dia consecutivo, o atirador de Toulouse é o principal assunto dos jornais franceses nesta sexta-feira. A imprensa apresenta uma série de questões que permanecem em aberto depois que Mohamed Merah, o homem que matou sete pessoas em nove dias na França, foi abatido com um tiro na cabeça pela unidade de elite da polícia francesa.

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O Libération enumera na capa as sete principais "zonas obscuras" do caso, como a demora para o início de uma investigação do caso por especialistas em terrorismo, e por que o suspeito não foi monitorado mais de perto pelos serviços policiais, após demonstrar simpatia com o extremismo. "Incapaz de detectar a ameaça de Mohamed Merah, a contraespionagem 'à la Sarkozy' é questionada, inclusive na direita", afirma o diário, que lembra que "o arsenal legislativo" contra o terrorismo, anunciado nesta quinta-feira pelo presidente, é "ou impossível de aplicar, ou já existente".

No editorial, o jornal analisa que agora a França dispõe de duas alternativas: a primeira seria seguir o exemplo americano pós-11 de Setembro, de restrição das liberdades individuais em troca da segurança contra o terrorismo, e a segunda é inspirar-se na experiência norueguesa pós-Anders Breivik, em que o país investiu na informação e na divulgação dos princípios democráticos para evitar novas tragédias.

Já o conservador Le Figaro estampa a frase "missão cumprida" na capa e homenageia os policiais que participaram da ação que resultou na morte do suspeito pelas mortes de Toulouse. No editorial, o jornal afirma que a esquerda francesa e "as suas sucursais organizações de direitos humanos (...) se enganam de combate" ao criticar a rigidez contra o terrorismo. As reportagens publicadas na edição evidenciam o fato de que Mohamed Merah em nenhum momento facilitou as negociações e permanecia pronto para o confronto contra a polícia.

Também as consequências para a campanha eleitoral são foco da imprensa nesta sexta-feira e foram a principal abordagem escolhida pelo diário econômico Les Echos. Enquanto Nicolas Sarkozy deseja aproveitar ao máximo o momento para aparecer como o único capaz de manter a segurança no país, o rival socialista François Hollande se esforça para virar a página deste acontecimento, relata o jornal.

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