Tailândia decreta toque de recolher, mas violência continua
O exército tailandês anunciou nesta quarta-feira que terminou a ofensiva contra os camisas vermelhas, que ocupavam região central de Bangcoc há cerca de seis semanas. Os líderes oposicionistas não resistiram à dura ação militar imposta pelo Exército tailandês, que desencadeou uma grande operação nas áreas ocupadas pelos manifestantes.
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Os brasileiros que vivem na Tailândia esperam que a onda de violência entre o governo e os "camisas vermelhas" chegue rapidamente ao fim. Por causa da intensidade dos conflitos, a rotina da comunidade brasileira na capital tailandesa teve que ser alterada drasticamente. « Alguns brasileiros tiveram que sair de onde moravam porque estavam muito perto da área de conflito », disse à RFI Ana Lasavanich, tradutora radicada em Bangcoc.
A tradutora Ana Lasavanich mora há 21 anos na Tailândia
Por causa dos problemas de segurança, a Embaixada brasileira solicita que os cidadãos brasileiros telefonem antes de se dirigirem ao Consulado ou à Embaixada. Nos últimos dias, diversas embaixadas fecharam as portas.
Mais de 50 pessoas morreram na Tailândia desde meados de março nos confrontos entre manifestantes e forças de segurança. A liderança dos “camisas vermelhas » pediu que seus seguidores encerrem o movimento e deixem região central da cidade, ocupada há cerca de seis semanas. Os "camisas vermelhas" se opõem ao atual governo e pediam eleições antecipadas.
Apesar do pedido de trégua, a violência continua na capital e no norte da Tailândia. De acordo com autoridades locais, ainda há grupos oposicionistas radicais entrincheirados em pontos diferentes de Bangcoc. Os manifestantes atearam fogo na sede de um canal de televisão e centenas de pessoas estão presas em meio às chamas dentro do prédio. Um helicóptero dos bombeiros foi enviado para resgatar as pessoas. Um cessar fogo será imposto durante a noite.
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