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Tailândia/Crise

Governo intensifica repressão a manifestantes na Tailândia

A capital tailandesa voltou a ser palco, neste sábado, de violentos confrontos entre os manifestantes da oposição, chamados de "camisas vermelhas", e soldados do exército. Pelo menos 22 pessoas teriam morrido e outras 172 ficaram feridas desde a noite de quinta-feira, segundo fontes médicas.

Manifestantes e exército voltaram a se enfrentar neste sábado, em Bangcoc
Manifestantes e exército voltaram a se enfrentar neste sábado, em Bangcoc Reuters
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O primeiro-ministro tailandês, Abhisit Vejjajiva, excluiu, neste sábado, a possibilidade de renunciar às operações militares contra os manifestantes de oposição ao governo que ocupam, há dois meses, um bairro do centro de Bangcoc. Um porta-voz do exército disse que existe um plano para evacuar o bairro, caso os manifestantes não deixem o local.

Neste sábado, tiros e explosões foram ouvidos enquanto os soldados tentavam retomar o controle da área norte e leste da capital, que foi ocupada por um acampamento dos manifestantes. O exército tailandês montou barricadas nas ruas e estradas que levam à região para impedir que alimentos cheguem ao local e cercou o bairro onde estão os manifestantes. Devido ao aumento da tensão, o governo dos Estados Unidos decidiu retirar parte de seus funcionários da embaixada norte-americana em Bangcoc.

Na última quarta-feira, o governo tailandês pediu aos habitantes da região que deixassem o bairro e as autoridades locais anunciaram que iriam cortar o abastecimento de água e eletricidade, a comunicação telefônica e impedir o fornecimento de alimentos para forçar a retirada dos manifestantes.

A crise política na Tailândia, que se intensificou em meados de março deste ano, já deixou 52 mortos e mais de 1,6 mil feridos durante manifestações. Os "camisas vermelhas" querem a demissão do primeiro-ministro Abhisit Vejjajjiva.

A violência voltou a aumentar na última quinta-feira, quando o general Khattiya Sawasdipol, que participava do movimento de oposição, foi ferido com um tiro. Ele está em estado grave e os médicos acreditam que não deve sobreviver aos ferimentos. 
 

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