O realizador português Nuno Escudeiro apresentou em Paris "O Vale", o seu mais recente documentário.O filme alerta para a crise humanitária vivida na fronteira franco-italiana, onde se registam violações dos direitos humanos."Essa uma guerra sem nome, na qual as armas e vítimas são a mesma coisa", afirma Cédric Herrou no documentário. O agricultor do Vale da Roya é conhecido por ajudar migrantes, e por isso tem sido perseguido pelas autoridades francesas.A 14 de Junho de 1985, a Comissão Europeia assinava o primeiro acordo do Tratado de Schengen sobre a abolição das fronteiras internas. Em 2011,15 países implementavam um controlo de fronteiras e o visto Schengen; Áustria, Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Grécia, Islândia, Itália e Luxemburgo.A partir de 2011, a fronteira franco-italiana começa a fechar. Em 2015, a França não quer receber mais migrantes e começa uma verdadeira "caça ao homem", com a instalação de centenas de militares da operação sentinela."Todo o homem perseguido devido à sua acção em favor da liberdade tem direito de asilo nos territórios da República", lê-se na Constituição Francesa. No entanto, as leis são vulneráveis, há desvios na justiça como registou o realizador português, nos últimos dois anos."O Vale" vai ser difundido no canal franco-germânico Arte terça-feira pelas 23h40 (hora local).
Ver os demais episódios
-
Haiti: conselho de transição no poder "vai ser novo período de incerteza"
O Haiti está a braços com uma profunda crise política e de segurança que já fez centenas de mortos. Nos últimos anos, e em particular desde Fevereiro passado, o território foi tomado de assalto por gangues que controlam quase todo o país, situação instável, que já levou mesmo à demissão do primeiro-ministro, Ariel Henry.02/05/202410:02 -
França: Os estudantes vão continuar a lutar pelos direitos dos palestinianos
À semelhança do que tem vindo a acontecer nas universidades norte-americanas, também os alunos franceses intensificam os protestos contra a operação militar israelita em curso na faixa de Gaza. Eduardo Cury, estudante brasileiro na Sciences Po Paris, participa neste movimento, aponta o dedo à postura do Ocidente, lembrando a “culpa” da não condenação ou do silêncio “em relação às atrocidades cometidas em Gaza”.01/05/202409:49 -
Angola na Coreia do Sul para diversificar economia
Terminou nesta terça-feira, 30 de Abril, a visita oficial de dois dias do Presidente de Angola à Coreia do Sul. Em Seul, João Lourenço foi recebido pelo homólogo sul coreano, Yoon Suk-yeol, e participou no Fórum Económico com vista ao reforço das relações bilaterais. Em entrevista à RFI, Sérgio Dundão, cientista político de Angola, fala das áreas de cooperação entre os dois países, sublinhado que Angola continua empenhada em diversificar os parceiros comerciais.30/04/202408:03 -
Declarações de Marcelo "devem trazer para a agenda política situação dos afro-descendentes"
O Presidente português defendeu que Portugal “assume total responsabilidade” pelos erros do passado, e disse que esses crimes, incluindo massacres coloniais, tiveram “custos” e que há que pagá-los. "Este debate é muito fácil de se fazer, transferindo de alguma forma a questão para a realidade dos países no continente africano. Creio que se deve aproveitar esta oportunidade para trazer para a agenda política nacional a situação dos afro-descendentes", defende Yussef, activista pan-africanista.29/04/202409:32 -
"História da reparação [do período colonial] é um debate absolutamente inadiável"
O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou que Portugal deve liderar o processo de assumir e reparar as consequências do período do colonialismo e sugeriu como exemplo o perdão de dívidas, cooperação e financiamento. "A história da reparação do período colonial é inadiável", acredita António Pinto Ribeiro, programador cultural e investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.29/04/202409:41