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França / Protestos

França: segue-se o protesto dos estudantes

Novo dia de mobilização dos estudantes. Na região de Paris, Bordéus ou Grenoble, os estabelecimentos de ensino estão bloqueados. Os estudantes protestam contra a reforma do exame de final do Ensino Secundário (baccalauréat) e da plataforma de acesso ao Ensino Superior (Parscoursup). Os alunos são, também, solidários com o protesto dos ‘coletes amarelos’.

Os estudantes protestam contra a reforma do exame de final do Ensino Secundário.
Os estudantes protestam contra a reforma do exame de final do Ensino Secundário. Thomas SAMSON / AFP
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Os protestos chegaram, pela primeira vez, a vários estabelecimentos universitários da capital francesa. Os estudantes votaram o “bloqueio” de entradas em Censier (Paris III) e Tobiac (Paris I). Contestam o aumento das taxas de inscrição para jovens estrangeiros, vindos de países fora a União Europeia.

Nesta terça-feira 200 escolas secundárias foram bloqueadas. O ministro da Educação Jean-Michel Blanquer fala que a taxa de adesão ao protesto “tem sido de 5%, o que é simultaneamente pouco e muito”. O governante alertou para a violência do protesto: “o que é preocupante, não é a adesão que continua fraca, é que estamos a assistir a formas de luta completamente diferentes do que conhecemos no passado. Em Marselha e Toulouse constatámos os problemas mais graves e de uma violência nunca vista. É um movimento extremamente violento. Há pessoas que não têm limites. É preciso que cada um esteja consciente das suas responsabilidades. Atenção, o que lá se passa é perigoso. (…) Já quatro estudantes do secundário ficaram gravemente feridos. Alguns deles ficaram feridos ao tentar incendiar caixotes do lixo. É lamentável. Colocam-se em perigo”.

Sobre a subida das taxas de taxas de inscrição para jovens estudantes estrangeiros, Blanquer defende-se dizendo tratar-se de “uma taxa bem mais baixa que a praticada noutros países do mundo” e acrescenta que “não há razão para que seja o contribuinte francês que pague os estudos” dos outros.

Em declarações à France Info, o ministro da Educação Nacional e Juventude distancia o protesto dos 'coletes amarelos' da contestação dos estudantes: “movimento dos ‘coletes amarelos’ não tem nada a ver com a reforma escolar, mesmo se existem forças que tentam aproveitar a situação para ligar os movimentos. (…) As coisas estão a evoluir. Peço a todos para não se manifestarem no sábado. O que havia de legítimo nas reivindicações do movimento dos coletes amarelos foi ouvido”.

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