Orçamento francês 2019 prevê 5 mil despedimentos de funcionários

O ministro francês das Finanças, apresentou hoje à imprensa o projecto do Orçamento para 2019, que prevê baixa de impostos do agregado familiar e de empresas, num clima de crise. Aliás, o orçamento prevê igualmente despedimentos de 5 mil funcionários. 

Ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire, à direita, com Gérald Darmanin, ministro das contas públicas, à saída do Eliseu, 24 setembro de 2018. REUTERS/Christian Hartmann

O governo francês criticado pela sua política considerada pró-ricos, prometeu hoje reforçar o poder de compra das famílias francesas no seu projecto de orçamento 2019, apesar das medidas de austeridade decididas para conter a despesa pública.

“O objectivo a longo prazo é construir uma nova prosperidade beneficiando a todos os franceses e em todos os territórios”, garantiu o ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire, ao apresentar à imprensa o projecto da lei de finanças.

Este segundo orçamento do primeiro mandato de Macron, regista um aumento de 390,8 mil milhões de euros, cerca de 0,6%, em relação a 2018, integrando 18,8 mil milhões de euros de corte de impostos às empresas.

Isto, graças à diminuição de impostos sobre as sociedades e a transformação do crédito de imposto para a competividade e o emprego em reduções de cotizações.

O agregado famíliar francês vai  beneficiar duma baixa de 6 mil milhões de euros nos seus impostos, apesar de um aumento de taxas dos combustíveis e do tabaco, avaliado em 2,3 mil milhões de euros, pelo ministério da economia.

Mas analistas e oposição criticam a ambição desse orçamento que não terá muita margem de manobra com um crescimento económico de apenas de 1,7% para 2019.

Já se conhecem as primeiras vítimas, pois, o orçamento prevê despedimentos de cerca de 5 mil funcionários públicos e baixa nos subsídios de desemprego e no poder de compra dos pensionistas

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