"Visa pour l'Image" e os seus 30 anos
Trinta anos depois da sua criação por Jean-François Leroy e um grupo de amigos,o festival de fotojornalismo "Visa pour l'Image", continua a desempenhar a sua função principal, dar conhecer a actualidade dos repórteres fotográficos e contribuir para a descoberta de novos talentos.A edição dos trinta anos do evento,revela-nos um mundo à deriva,onde questões como o exôdo forçado dos Rohyngias e a degradação do ambiente reflectem uma actualidade marcada pela escalada da tensão.
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Iniciado a 1 de Setembro e a decorrer até ao dia 16 do mesmo mês, a 30a edição do festival de fotojornalismo "Visa pour l'Image" de Perpignan não destaca um tema especifico, mas dois focos dominam a actualidade do evento:a crise desencadeada pelo exôdo forçado dos muçulmanos Rohingyas, de Myanmar(Birmânia) para o vizinho Bangladesh e as questões respeitantes à degradação do meio ambiente.
Sobre esta última, destacamos a reportagem Big Food de George Steimetz, que revela os perigos levantados pela crescente apropriação de ecosistemas para a sua transformação em terras agrícolas, cujos modelos de produção colocam em causa o equilíbrio do mundo em que vivemos.
Em destaque igualmente, temos a infeliz saga dos Rohingyas vista e relatada por Paula Bronstein com imagens de grande densidade, nas quais poesia e resistência se intercalam.
A África é objecto de uma retrospectiva sobre as imagens de violência que caracterizaram a eleição presidencial no Quénia em 2017.Os despejos e a miséria que marcam a crise de habitação na metrópole sul-africana de Joanesburgo também são passados em revista.
Mostrar o mundo tal qual ele é, segundo Jean-François Leroy, director do festival, eis a missão de "Visa pour l'Image".
Crónica do enviado especial a Perpignan, Leonardo Silva
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