Filme japonês ganha Palma de Ouro de Cannes
A Palma de Ouro do Festival de cinema de Cannes acaba de ser atribuída ao japonês Kore Eda Hirokazu para "Um assunto de família", ou Manbiki Kazoku, a história surpreendente de um casal de ladrões bem intencionados e as crianças que estes acabam por acolher e criar.
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Kore Eda Hirozaku já fora recompensado aqui em Cannes em 2013, nomeadamente.
A melhor actriz foi Samal Yesyamova, do Cazaquistão, no filme russo Ayka, a luta feroz pela sobrevivência em Moscovo de uma clandestina do Quirguizistão.
O melhor actor distinguido foi o italiano Marcello Fonte em Dogman onde interpreta um cabeleireiro para cães.
A melhor realização coube a Guerra fria do polaco Pavel Pawlikovski, enquanto o prémio do juri recompensou o filme libanês Cafarnum sobre a difícil condição infantil.
O americano Spike Lee e o seu olhar sobre a organização racista Ku Klux Klan granjeou obter o Grande Prémio com Blackklansman.
Por seu lado o melhor cenário foi dividido entre o italiano Lazzaro felice,uma fábula, e Se Rokh, ou Três caras, retrato do conservadorismo iraniano.
Houve também uma recompensa para um filme francês, uma palma de ouro especial, atribuida a Le livre d'image de Jean-Luc Godard.
Eram 21 as longas metragens em competição para este prestigioso galardão.
De fora ficaram realizadores com algum favoritismo caso do premiado em Cannes no passado o turco Nuri Bilge Ceylan que surpreendeu o certame com "A pereira selvagem", e uma belíssima fotografia num filme de mais de três horas sobre o reencontro de uma familia
De África registo para um filme "Yomeddine" de A B Shwaky, o percurso de um leproso pelo Egipto.
O júri, presidido pela actriz australiana Cate Blanchett, incluía quatro outras senhoras.
A cerimónia de encerramento voltou a ser apresentada pelo actor francês Eduoard Baer e é seguida pela projecção do Homem que matou Dom Quixote, do americano Terry Gilliam.
Apesar da polémica e do recurso do produtor português Paulo Branco este filme que levou cerca de 20 anos a concretizar, veio mesmo abrilhantar o cair do pano sobre esta 71a edição do festival.
Miguel Martins enviado especial ao festival de cinema de cannes
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