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França

Macron enfrenta teste nas eleições para o Senado

Em França, hoje é dia de eleições parciais para o Senado. O escrutínio é visto como o primeiro teste a Emmanuel Macron, depois das largas vitórias de “A República em Marcha” nas presidenciais e legislativas.

Emmanuel Macron, Presidente de França.
Emmanuel Macron, Presidente de França. PHILIPPE WOJAZER / POOL / AFP
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Os chamados “grandes eleitores” (conselheiros municipais, distritais, regionais e deputados) votam hoje para renovar 171 assentos de um total de 348 no Senado francês.

Paulo Nunes, conselheiro municipal na região de Paris e grande eleitor, foi votar esta manhã e discorda que o escrutínio seja "um barómetro da popularidade de Macron porque não são [todos os] franceses que vão votar". Na sua opinião, o Senado deverá manter-se à direita porque a maioria dos que votaram hoje foram eleitos nas últimas autárquicas precisamente com as cores da direita.

Oiça aqui a entrevista.

04:17

Paulo Nunes, Grande Eleitor

O escrutínio tem sido apresentado pelos analistas como difícil para o presidente Emmanuel Macron e para o seu partido “A República em Marcha”. Uma derrota não o impede de governar mas pode adiar a adopção de algumas reformas, ainda que a decisão final caiba sempre aos deputados e não aos senadores. Em contrapartida, teoricamente a luz verde do Senado é indispensável para rever a Constituição.

Em 2014, o Senado passou a ter uma maioria de direita e o cenário deverá permanecer o mesmo porque os 76.359 grandes eleitores que vão votar são, na sua maioria, de direita.

Emmanuel Macron precisa de três quintos do parlamento reunido em Congresso para poder adoptar as reformas constitucionais. Caso contrário, terá de se aproximar dos eleitos centristas, radicais, socialistas ou republicanos “construtivos” . A República em Marcha conta , actualmente, com 29 senadores.

Nas últimas semanas, o governo tomou decisões que foram mal acolhidas pelos eleitos locais – que são quem hoje vota – como a supressão de 300 milhões de euros de ajudas aos territórios, exoneração do imposto de habitação para a maioria das famílias e redução do número de contratações com ajudas estatais.

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