Acesso ao principal conteúdo
França

Armas e barris de pólvora na casa do atacante dos Campos Elísios

O autor do ataque contra a polícia na Avenida dos Campos Elísios, em Paris, esta segunda-feira, estava na lista de suspeitos de terrorismo mas dispunha de licença de porte de arma porque era praticante de tiro desportivo. No seu carro, foram encontradas duas botijas de gás, uma metralhadora, pistolas e mais de 9.000 munições e, na sua casa, também foram encontradas armas de fogo e barris de pólvora.

A polícia foi alvo de novo ataque em Paris, esta segunda-feira.
A polícia foi alvo de novo ataque em Paris, esta segunda-feira. REUTERS/Gonzalo Fuentes
Publicidade

Desde 2015, o nome de Adam Dzaziri constava numa "ficha S", o código usado para suspeitos de radicalização pelos serviços secretos franceses. Ainda assim, o homem de 31 anos tinha licença de porte de arma porque praticava tiro desportivo e estava inscrito há seis anos na Federação Francesa de Tiro.

No carro com que ele abalroou, na segunda-feira, uma carrinha policial na avenida dos Campos Elísios, em Paris, foram encontradas duas botijas de gás, uma metralhadora, pistolas e mais de 9.000 munições. Na sua casa, também foram encontradas armas de fogo e barris de pólvora.

Quatro membros da sua família, a ex-mulher, o irmão, o pai e cunhada foram detidos para interrogatório na sequência de buscas ao domicílio da família, perto de Paris.

Entretanto, a polícia encontrou uma carta em que Adam Dzaziri presta vassalagem ao autodenominado Estado Islâmico.

Adam Dzaziri era alvo de um mandado de detenção tunisino por actos de terrorismo desde 2014 e viajou três vezes para a Turquia entre Janeiro e Agosto de 2016. O indivíduo tinha alegado motivos profissionais para justificar as viagens a este país conhecido por ser uma via de acesso à Síria privilegiada pelos jihadistas europeus.

Esta segunda-feira, o atacante bateu com o seu carro intencionalmente contra uma carrinha da polícia francesa na avenida dos Campos Elísios, sem fazer vítimas mortais, a não ser ele próprio.

O incidente aconteceu cerca de duas semanas depois de um polícia ter sido atacado junto da catedral de Notre Dame, no centro de Paris, e dois meses depois de outro polícia, Xavier Jugelé, ter sido abatido a tiro na avenida dos Campos Elísios, num ataque reivindicado pelo autodenominado Estado Islâmico.

A França encontra-se em estado de emergência desde os atentados de Novembro de 2015 e, desde Janeiro de 2015, o país tem sido alvo de uma vaga de atentados que fizeram, no total, 239 mortos.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.