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França

Lei de moralização numa França corroída por escândalos

O ministro francês da Justiça, Fançois Bayrou apresentou hoje no conselho de ministros o seu anteprojecto de lei sobre a moralização da vida pública, numa altura em que o seu partido Modem é atacado de ter assistentes parlamentares a receber ordenados indevidamente pelo parlamento europeu.

O ministro francês da Justiça, François Bayrou, que apresenta lei de moralização, quando o seu partido é suspeito de corrupção
O ministro francês da Justiça, François Bayrou, que apresenta lei de moralização, quando o seu partido é suspeito de corrupção REUTERS/Philippe Wojazer
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François Bayrou, apresentou, esta quarta-feira, (14) no conselho de ministros, aquilo que poderá vir a ser a lei da moralização da vida pública, sacudida por escândalos político-financeiros, nos últimos anos, como, aliás, se verificou durante as campanhas eleitorais.

Aliás, é um imperativo do próprio pojecto político do Presidente Macron, defendido durante a sua campanha presidencial, durante a qual disse que a moralização seria a pedra basilar da sua acção presidencial e govenamental.

Só que, o ministro da Justiça, François Bayrou, apresenta este diploma de moralização da vida pública, quando o seu próprio partido, MoDem, é sacudido por um escândalo, de assistentes parlamentares, que teriam sido pagos pelo Parlamento europeu, por empregos fictícios e de cariz nacional.

Bayrou, desmentiu que houvesse qualquer escândalo, sublinhando que tudo foi feito dnetro do respeito das leis, mas entretanto, foi aberto, um inquérito judicial para apuramento da verdade.

Durante a campanha, outro ministro, da Coesão Territorial, Ferrand, foi acusado de favorecimento à mulher num negócio imobiliário regional.

É pois neste clima de acusações, supeições e inquéritos, que temos o ministro da Justiça a defender uma moralização dos sistema podre antigo, rumo a um  mundo novo mais moderno, onde a corrupção e escândalos político-públicos são sancionados.

Mas é o mesmo  ministro Bayrou, que telefonou um Director da Rádio nacional francesa para "corrigir" um jornalista que tenta fazer o seu trabalho junto de membros do partido, em causa, MoDem, o que aliás provocou a ira do primeiro-ministro, que lhe deu um puxão de orelhas.

O ministro Bayrou, replicou, dizendo que enquanto cidadão e dirigente político, fará uso da sua liberdade de expressão sempre que achar valer a pena.

De notar que o executivo prevê segundo esta lei de moralização proíbir que parlamentares dêem empregos a membros da sua família, suprimir a "reserva" parlamentar e enquadrar actividades de assessoria dos deputados e senadores.

Conclusão: com uma lei de moralização, ainda pendente, do debate na Assembleia nacional, a sair das urnas no próximo domingo, é de se perguntar, se tudo vai bem no Reino da República de Macron, Édouard Philippe e Bayrou, com um presidente que quer enquadrar a sua comunicação, escolhendo mesmo jornalistas e meios de informação que devem viajar na comitiva presidencial?

A resposta para depois do desfecho das legislativas mas é o eterno retorno do debate entre Moral e Política.

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