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Política/França

ETA entrega armas escondidas em França

A entrega de armas pela organização independentista ETA representa um dia histórico para a Espanha e a França. Os independentistas da ETA remeteram neste sábado às autoridades francesas uma lista com os esconderijos de armas e  quilos de explosivos, num gesto que foi acolhido positivamente pelo governo francês. O seu homólogo de Espanha considerou insuficiente a decisão tomada pela ETA e apelou para a dissolução da organização independentista basca.

Um operário  pinta  numa  parede da cidade basca de Guernica  :" ETA , nós  estamos convosco". 21 de Outubro  de 2011.(Fotografia  de arquivo).                                                                     Foto de archivo del 21 de octubre de 2011.
Um operário pinta numa parede da cidade basca de Guernica :" ETA , nós estamos convosco". 21 de Outubro de 2011.(Fotografia de arquivo). Foto de archivo del 21 de octubre de 2011. Foto: Reuters
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A ETA que operava simultâneamente na Espanha e França , tinha renunciado à luta armada em 2011. A maioria dos seus esconderijos de armas encontravam-se no território francês. No sábado, os independentistas bascos entregaram às autoridades de França uma lista de oito esconderijos com  armas e centenas de quilos de explosivos. Segundo fontes francesas, a citada lista inclui o que resta do arsenal da ETA, escondido essencialmente na região Pyrénées-Atlantiques, fronteiriça com a Espanha.

 Uma manifestação efectuada por uma média de 7000 à 20000 pessoas , na sua maioria provenientes de Espanha, teve lugar na cidade francesa de Bayonne. Durante o acto que visava celebrar o desarmamento da ETA, foram entoados gritos à favor da independência do País Basco e Navarra , bem como da libertação de militantes bascos detidos em França e na Espanha.

 O chefe do governo espanhol Mariano Rajoy , não se pronunciou sobre a entrega da lista ocorrida em França. Na Espanha, a população considerou positivo o gesto da ETA, mas qualificou-o de exageradamente mediático. Os espanhóis pensam que a decisão da ETA não deve ocultar as vítimas do conflito.

 Durante os 40 anos de luta armada da ETA morreram em acções violentas imputadas aos independentistas bascos,um total de 829 pessoas. A ETA decidiu recorrer à luta armada, para reivindicar a independência do País Basco e Navarra.

 Com o objectivo de desarmar os independentistas bascos, foi criada em Setembro de 2011 uma Comissão Internacional de Verificação, não reconhecida pelos governos francês e espanhol.

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