Justiça francesa nega liberdade condicional a Jacqueline Sauvage
O tribunal de Melun negou o pedido de liberdade condicional à francesa Jacqueline Sauvage presa por homicídio do marido, que a maltratou durante décadas.
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Em Janeiro passado o Presidente francês, François Hollande, concedeu um indulto a Jacqueline Sauvage condenada a dez anos de prisão homicídio do marido, que a maltratou a ela e aos filhos durante décadas.
A 10 de Setembro de 2012, um dia depois de o seu filho se ter enforcado, Jacqueline Sauvage matou o seu marido com três tiros.
O perdão presidencial permitiu a Jacqueline Sauvage avançar com um pedido de liberdade condicional mais cedo que previsto.
Esta manhã, o tribunal de Melun apagou quaisquer esperanças ao rejeitar este pedido de liberdade condicional. Numa decisão emotiva e em 15 páginas pode ler-se que o juiz acusa Jacqueline Sauvage de não se ter interrogado suficientemente sobre o seu acto.
Jacqueline Sauvage foi condenada por homicídio a 10 anos de prisão em Outubro de 2014, uma sentença confirmada num recurso em Dezembro de 2015, quando o Estado rejeitou a alegação de legítima defesa.
O grupo francês "'Atreve-te a ser feminista" apelou a uma revisão da definição de autodefesa, que passasse a abranger "vítimas femininas de violência".
Nos últimos meses esta mulher tornou-se um símbolo de violências conjugais em França.. tanto que mais de 400 mil pessoas a assinaram uma petição para exigir a sua libertação.
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